Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
de Holanda Costa Calazans, Janaína |
Orientador(a): |
Teixeira Vieira de Melo, Cristina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3322
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Resumo: |
Identificar os pontos de contato entre a telenovela e o conto de fada. Este é o principal objetivo desta dissertação. Para tanto, escolhemos como objeto de estudo duas telenovelas da Rede Globo de Televisão - Estrela-Guia (2000), exibida no horário das 18 horas, e Laços de Família (1999), veiculada no horário das 20 horas. A TV Globo foi escolhida por ser a emissora que mais produz telenovelas. A qualidade conseguida ao longo dos anos faz da Rede Globo, hoje, uma das maiores exportadoras de telenovelas do mundo, vendendo seus produtos para cerca de 100 países. A hipótese central defendida neste trabalho é a de que as telenovelas incorporam temas e personagens característicos dos contos de fada, especialmente no que diz respeito aos arquétipos e a determinados topoi discursivos, como por exemplo, a vingança, a inveja, a busca pelo homem ideal entre outros. O que nos propomos nesse trabalho é demonstrar tais hipóteses através de um estudo das relações interdiscursivas entre as narrativas dos contos de fadas e as das telenovelas brasileiras. Pretendemos encontrar os pontos de contato entre estes dois gêneros, através do estudo das especificidades de cada um. A partir daí, aprofundaremos a questão dos tópicos discursivos e dos arquétipos identificados em ambos os casos. Essa relação que estabeleceremos entre os dois gêneros, em paralelo, comprovará a presença do interdiscurso, do "já dito", em um novo espaço discursivo, isto é, a transformação de um discurso velho em um discurso novo. Comprovaremos o que já afirmaram Maingueneau (1989) e Foucault (1970) ao dizerem que um discurso, nunca é autônomo, já que sempre remete a outros discursos, concretizando-se num espaço de trocas. Por outro lado, vamos mostrar como, apesar da repetição dos discursos, a narrativa telenovelística consegue construir novos sentidos a partir de um discurso já existente. |