Características filogenéticas, epidemiológicas, laboratoriais e evolutivas dos subtipos B e não-B do HIV-1 em Pernambuco – Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: LIMA, Kledoaldo Oliveira De
Orientador(a): MELO, Heloísa Ramos Lacerda de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15666
Resumo: Uma grande heterogeneidade da epidemia pelo HIV-1 é observada no Brasil, onde prevalecem os subtipos B, F1 e C e os recombinantes BF e BC. O objetivo principal deste estudo foi caracterizar as cepas do HIV-1 circulantes no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil, através de análises filogenéticas, avaliando-se as características sociodemográficas, laboratoriais e evolutivas entre os subtipos B e não-B. As sequências da região pol do HIV-1, que totalizaram 169 amostras, foram obtidas de dois estudos anteriores. Todos os pacientes eram maiores de 18 anos e virgens de terapia antirretroviral. O Alinhamento e a edição manual das sequências foram realizados pelo CLUSTAL X e BioEdit software, respectivamente. Para as inferências filogenéticas e de recombinação gênica foram utilizados os softwares MEGA 5 e SIMPLOT, respectivamente. Pesquisas sorológicas para determinação das co-infecções foram realizadas para os seguintes agentes infecciosos: HBV, HCV, HTLV e sífilis, pelo método de quimiluminescência. Na região analisada (pol), os resultados mostraram uma grande frequência do subtipo F do HIV-1 (31.4%) e a circulação de uma cepa H e AG. As frequências dos subtipos B e C foram 60.9% e 1.2%, respectivamente. Foram identificados um recombinante BC e 8 recombinantes BF (4.7%), com estruturas genômicas diferenciadas. Co-infecção HIV-HBV foi mais frequente entre homens que fazem sexo com homens (HSH) portadores do subtipo B do HIV-1, enquanto que co-infecção HIV-sífilis foi associado a HSH com subtipos não-B. O subtipo B foi associado ao sexo masculino, a uma maior carga vira, maior escolaridade e menor contagem de células T CD4+. Houve uma baixa frequência de mutações de resistência transmitidas (2.96%). Códons sob pressão seletiva positiva são mais frequentes em contagem de células T CD4+ ≥ 200 e em mulheres heterossexuais. Nossos resultados demonstram que a epidemia do HIV-1 em Pernambuco se caracteriza por uma alta proporção de subtipos não-B circulantes, o que revela a importância no monitoramento e melhor conhecimento do papel destas variantes na epidemia, no tratamento antirretroviral, formulação de vacinas, progressão à doença e transmissibilidade.