Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
CACHO, Mylenna Vieira |
Orientador(a): |
ANDRADE, Brenda Carlos de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38510
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Resumo: |
O romance do Modernismo do Rio Grande do Norte (RN) tem como destaque o escritor currais-novense José Bezerra Gomes cuja obra de maior repercussão, Os Brutos (1938), apresenta, diante de uma franca expansão da produção do ciclo do algodão no Seridó, silêncios que, se por um lado, são encobertos por discursos hegemônicos, por outro, desestruturam paradigmas difundidos por um grupo para se manter no poder. Diante disso, esta tese apresenta como objetivo central refletir sobre as vozes sociais silenciadas na referida produção literária, no contexto do Regionalismo de 30, comparando-as com outras encontradas em Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos, e O Quinze (1930), de Rachel de Queiroz. Nessa perspectiva, têm-se como objetivos específicos: analisar as relações entre teorias do romance moderno, percebendo categorias como o herói, a dimensão dialógica, o Regionalismo de 30 na Literatura Brasileira e a dialética entre a tradição e o moderno; compreender o Modernismo no RN, observando o contexto econômico e de produção cultural do romance potiguar em análise; perceber as vozes sociais estereotipadas por uma elite conservadora na região Nordeste, confrontando elementos estruturantes e temáticos entre o livro bezerriano com os dois cânones regionalistas supracitados. A pesquisa insere-se no escopo da Literatura Comparada, com abordagem qualitativa e procedimento metodológico bibliográfico, com apreensão das análises nos postulados teóricos do Círculo de Bakhtin, particularmente, ao que se refere à concepção dialógica da linguagem, cronotopo e vozes sociais, bem como nos estudos sobre o Regionalismo de 30, fundamentado em Antonio Candido, reportando-se ao método materialista dialético-literário, embasado pelo pensamento marxista, com reflexões de base sócio-histórica. O resultado deste estudo revela que o silêncio das vozes sociais em Os Brutos é provocado por um sistema de exploração em que sujeitos são mantidos nas margens do tempo. |