Respostas auditivas de estado estável em crianças de 6 a 48 meses

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: PINTO, Danielle Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17615
Resumo: A utilização de métodos de avaliação que possam refletir uma estimativa abrangente e confiável da audição vem assumindo grande importância para o pleno desenvolvimento infantil, nos âmbitos, social, cognitivo e linguístico. A resposta auditiva de estado estável é um procedimento eletrofisiológico que possibilita avaliar ao mesmo tempo limiares auditivos com especificidade por frequências e por orelha. O objetivo deste estudo foi verificar como os limiares eletrofisiológicos obtidos pela RAEE podem estimar os limiares auditivos comportamentais obtidos pelo exame padrão ouro, a audiometria de reforço visual, em crianças com audição normal e perda auditiva de diversos graus, averiguando assim a aplicabilidade clínica da RAEE na avaliação audiológica infantil. Foram avaliadas 41 crianças de ambos os sexos (28 crianças do sexo masculino e 13 do sexo feminino) com uma faixa etária compreendida entre 18 e 48 meses. Obtiveram-se os limiares auditivos de toda amostra mediante a RAEE em múltiplas frequências de forma binaural, e dos limiares da VRA com fones supra aurais do tipo TDH-39. Foram pesquisadas as frequências de 500, 1000, 2000 e 4000 Hz em ambos os métodos de avaliação e avaliadas as orelhas separadamente, totalizando 82 orelhas, sendo 20 com audição normal e 62 com perda auditiva. Os limiares foram analisados para calcular suas correlações e outras variáveis. Os resultados encontrados neste estudo demonstram que os limiares não variam significantemente com a idade nem com o sexo. Em média, foram observados limiares eletrofisiológicos maiores que os limiares comportamentais. Ao utilizar os limites de concordância estabelecidos, foi possível verificar após a correção do viés, uma discrepância entre a RAEE e VRA de até ±10dB. Os achados sugerem que a RAEE possibilita a determinação dos limiares auditivos objetivamente, com uma considerável correlação com os limiares psicoacústicos. Recomenda-se, entretanto, a realização de novos estudos brasileiros que visem o estabelecimento de critérios mínimos necessários para o planejamento e aplicação de protocolos com fins de padronização, contribuindo com a validação diagnóstica.