Relação entre medidas fonológicas, de produção de fala e os potenciais evocados auditivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Barrozo, Tatiane Faria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-02082018-123059/
Resumo: INTRODUÇÃO: O Transtorno Fonológico (TF) é uma alteração de fala, de causa indefinida e de manifestações heterogêneas. OBJETIVO: Caracterizar crianças com TF, quanto à: habilidade fonológica (porcentagem de consoantes corretas - PCC; porcentagem de consoantes corretas revisada - PCC-R; densidade de processos fonológicos- PDI; tipos de processos fonológicos; número de diferentes tipos de processos fonológicos; número de sons ausentes), estimulabilidade, inconsistência de fala, habilidades metafonológicas, habilidades de discriminação auditiva e potenciais evocados e auditivos de curta (PEATE) e longa latências (PEALL). MÉTODO: Participaram 29 crianças, com idades entre 5;0 anos e 7;11 anos com TF e submetidas a avaliação do PEATE e PEALL com diferentes estímulos. Dois diferentes estudos foram realizados. As crianças foram agrupadas de acordo com a gravidade do TF GL (9 crianças), GM (10 crianças) e GL (10 crianças) e faixa-etária GL1(3), GL2(3), GL3(3), GM1(3), GM2(6), GM3(1), GG1(4), GG2(3), GG3 (3). No estudo 1 foi realizada a descrição das características fonológicas das crianças. No estudo 2 foi realizada a descrição e a caracterização dos PEATE e PEALL das crianças com TF. RESULTADOS: O estudo 1 mostrou que o sexo masculino foi o que predominou na amostra, sendo que o valor médio do índice PCC-R foi maior que o do PCC. A média dos diferentes tipos de processos fonológicos empregados pelas crianças foi 4,1 e o processo fonológico de maior ocorrência foi o SEC. As crianças com TF não apresentaram dificuldade na prova de discriminação auditiva, independentemente da idade e da gravidade. A habilidade metafonológica de rima foi a que as crianças demonstraram maior dificuldade. Em média as crianças tiveram cinco sons ausentes sendo três estimuláveis. No estudo 2 os resultados indicaram que no PEATE-fala não houve interação entre a amplitude do complexo V-A e a gravidade do TF. Em contrapartida encontrou que as crianças mais velhas e com TF mais grave apresentaram maior latência da onda V. Não foi encontrada interferência da faixa-etária na latência das ondas A, C, D, E, F e O. No PEATE-click as crianças com TF apresentaram normalidade na latência das ondas I, III e V e interpicos I-III, III-V e I-V. No PEALL-fala as crianças mais velhas e com TF grave tiveram as menores médias de latência da onda P2 e para a onda N2 as crianças mais velhas do Grupo Leve e do Grupo Grave mostraram latências menores para este potencial. Todas as crianças deste estudo atingiram valores normais para a latência de P3. Na análise dos PEALL-click os resultados indicaram que este potencial foi o com mais respostas ausentes. As crianças mais velhas demonstraram as menores latências para a onda P1. CONCLUSÃO: Neste estudo as crianças com TF mostraram valores dentro da normalidade para os potenciais de curta latência com o estimulo click. Além disso, no geral as crianças com TF mais grave evidenciaram latências aumentadas em todos os potenciais. Conclui-se que o PEATE-fala demostrou ser o potencial que melhor identificou as dificuldades de percepção auditiva de crianças com TF