Tradução para o português do Brasil, adaptação transcultural e validação do Frontal Systems Behavior Scale
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29818 |
Resumo: | Este estudo descreve o processo de tradução, adaptação transcultural e validação da escala norte-americana Frontal Systems Behavior Scale (FrSBe) a fim de promover uma escala confiável e válida para a população brasileira. A FrSBe foi desenvolvida com o propósito de identificar e quantificar comportamentos associados a disfunções do lobo frontal e dos sistemas frontais do cérebro. Abrange boa parte da população neurológica, o que inclui pessoas com demências (Doença de Alzheimer, Demência Vascular, Demência Frontotemporal e Demência de Corpos de Lewy), acidente vascular cerebral focal, distúrbios do movimento como a Doença de Parkinson, traumas crânio-encefálicos focais e doenças desmielinizantes como a Esclerose Múltipla. A escala foi inicialmente traduzida para o português do Brasil e depois retrotraduzida para a língua inglesa e avaliada no que concerne as equivalências semântica, idiomática, cultural e operacional. Foi feita a análise de conteúdo, segundo o idioma e linguagem técnica empregada no Brasil, para legitimar a tradução e suas adaptações. No Estudo Piloto obteve-se resultados positivos no que diz respeito à confiabilidade diagnóstica da escala, assim como o Teste de Confiabilidade Alpha de Cronbach que foi calculado em α = 0.75, considerado uma consistência alta. O Estudo de Validação da Escala FrSBe foi feito através da aplicação da escala FrSBe traduzida e adaptada numa amostra de 230 sujeitos do grupo clínico e 231 do grupo controle. O Coeficiente de Concordância Kappa obtido foi de 0,322, considerado como sendo uma concordância razoável. A acurácia (proporção de acertos comparando-se o resultado do paciente com o do familiar) do teste foi de 82,65%. A fim de avaliar a consistência entre as medidas T score (variável quantitativa) dos resultados de Auto-classificação e Classificação Familiar, o Coeficiente de Correlação Intra-Classe (ICC) foi calculado nos dois cenários e ambos foram considerados bons. Ao realizar uma análise dos resultados das três subescalas que medem as três síndromes Apatia, Desinibição e Disfunção Executiva no grupo clínico, observa-se que houve diferenças significativas entre os períodos Antes e Depois, em ambos os Formulários, de Auto-classificação e de Classificação Familiar. A comparação entre os dois tipos de respondentes possibilitou perceber que o familiar ou cuidador tende a supervalorizar os sintomas do paciente, ou então este tende a subestimar a sua sintomatologia. Os resultados obtidos com a aplicação da Escala FrSBe para a realização deste estudo no Brasil poderão ser utilizados para comparação com resultados de estudos internacionais. A versão em Português do Brasil irá contribuir para uma melhora no atendimento e tratamento dessa população neurológica, assim como estimular outros pesquisadores a fazer o uso da escala em suas pesquisas. |