Decorticação frontal: descrição anátomo-cirúrgica de nova técnica de lobectomia frontal sem a abertura do corno frontal do ventrículo lateral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Da Róz, Leila Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-19122016-134841/
Resumo: A lobectomia frontal é um procedimento neurocirúrgico frequentemente realizado para o tratamento de tumores cerebrais, epilepsia refratária, e outras patologias que requerem remoção extensa do lobo frontal. Embora seja um procedimento relativamente comum, foram encontrados apenas alguns relatos na literatura acerca da técnica cirúrgica, com pouca consideração acerca da anatomia relevante para esse procedimento. OBJETIVOS: O principal objetivo desta tese é apresentar parâmetros anatômicos e considerações técnicas para a remoção da substância cinzenta do lobo frontal (decorticação do lobo frontal) como uma alternativa a lobectomia frontal. A finalidade deste estudo é a maximização da remoção cerebral, diminuindo a perda sanguínea, e evitando a abertura do corno frontal do ventrículo lateral. MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo anatômico foi realizado em 15 cabeças cadavéricas adultas. Os dados clínicos foram baseados em 15 decorticações frontais realizadas de 2002 a 2014. RESULTADOS: A decorticação frontal envolve as superfícies lateral, medial e basal, e consiste em 5 passos principais: a) coagulação e secção dos ramos arteriais da superfície lateral do lobo frontal; b) ressecção subpial paramediana do lobo frontal até a localização do joelho do corpo caloso; c) ressecção da substância cinzenta da superfície lateral do lobo frontal sem entrar no corno frontal; d) identificação e preservação do trato olfatório; e) remoção da substância cinzenta da superfície basal do lobo frontal. Esta técnica cirúrgica foi aplicada em 15 casos, em nenhum deles o corno frontal do ventrículo lateral foi aberto, evitando complicações da abertura do mesmo. CONCLUSÃO: A decorticação frontal guiada por parâmetros anatômicos pode ser uma das técnicas cirúrgicas a ser considerada quando há necessidade da ressecação extensa do lobo frontal (especialmente substância cinzenta). A técnica proporciona máxima remoção do lobo frontal, preservação do corno frontal e da área motora suplementar, e redução da perda sanguínea