Desempenho de memória em paciente com epilepsia do lobo temporal: contribuições das subpartes da formação hipocampal
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/20020 |
Resumo: | A Epilepsia do Lobo Temporal (ELT) é a forma mais refratária ao tratamento farmacológico. Esse tipo de epilepsia tem origem nas estruturas do lobo temporal, sendo o hipocampo uma das estruturas mais afetadas, apresentando diminuição do volume e, consequentemente, gliose, caracterizando a Esclerose Hipocampal (EH). É sabido que o hipocampo desenvolve importante papel no processo mnemônico, sendo o déficit de memória a alteração mais importante nesses pacientes. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo investigar a relação do desempenho de memória nos pacientes com ELT com as subpartes da formação hipocampal. Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal, analítico, utilizando imagens de ressonância magnética (IRM) e escores de testes neuropsicológicos de memória verbal e visual, obtidos a partir de um grupo de 60 pacientes atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, no período de 2008 a 2011. Para a obtenção dos volumes das subpartes da formação hipocampal das IRM, foi utilizado a segmentada automática pelo software FreeSurfer®, obtendo os volumes da cauda do hipocampo, pré-subículo, CA1, CA2/3, CA4/GD, subículo, fímbria e fissura hipocampal. Posteriormente, foram correlacionadas com variáveis clínicas e escores de memória. A análise das imagens revelou atrofia generalizada nas subpartes da formação hipocampal ipsilateral (EH), exceto da fissura hipocampal. Essa redução do volume interferiu diretamente no desempenho de memória verbal e visual, desses pacientes. Os pacientes com EH à direita apresentaram déficit significativos na memória visual. Já os pacientes com EH à esquerda, apresentaram déficit na memória verbal e na memória visual. Foi possível avaliar, também, que a atrofia na região CA1 está relacionada com a diminuição do desempenho de memória declarativa e que os danos no CA2/3 e CA4/GD estão envolvidos com baixo desempenho das memórias de longo prazo. Neste contexto, é possível concluir que o desempenho de memória depende de uma rede de integração integra e não só de regiões especializadas. Concluímos, também, que tanto a memória verbal, quando a memória visual, possui um hemisfério dominante, no entanto, o hemisfério não dominante, quando lesionado, também interfere do desempenho de memória. |