Estudo da relação entre neurocisticercose e epilepsia do lobo temporal mesial associada à esclerose hipocampal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Arruda, Bruna da Silveira
Orientador(a): Bianchin, Marino Muxfeldt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/217610
Resumo: Introdução: Neurocisticercose, causada pela Taenia solium, é uma das infecções helmínticas do sistema nervoso central mais prevalentes. Diversos estudos apontam uma associação entre neurocisticercose e epilepsia do lobo temporal com esclerose hipocampal (ELT-EH). Ambas as condições podem cursar com redução dos volumes hipocampais. Uma relação causal entre neurocisticercose e ELT-EH tem sido proposta, mas os mecanismos por trás desta associação ainda não e stão c ompletamente elucidados. Objetivo: Este estudo foi desenhado para comparar o volume hipocampal de cinco grupos: 1) neurocisticercose isolada; 2) ELT-EH; 3) neurocisticercose + ELT-EH; 4) ELT isolada (ou seja, sem EH); e 5) controles. Nós hipotetizamos que pacientes com qualquer uma dessas condições, versus controles, ou com combinações dessas condições, versus cada uma delas isoladamente, t eriam m aior g rau d e a trofia hipocampal. Métodos: Este é um estudo transversal, retrospectivo, unicêntrico, exploratório. Pacientes que preenchiam os critérios de elegibilidade foram incluídos se tivessem pelo menos um exame de imagem por ressonância magnética (RM) disponível e considerado viável para o pós-processamento proposto, com base em parâmetros técnicos pré-especificados. A análise volumétrica hipocampal foi feita por meio da ferramenta T1 MultiAtlas Segmentation, parte do Brain G PS© . Resultados: Oitenta pacientes foram incluídos, compreendendo cinco grupos: neurocisticercose isolada (n=20, 25%); ELT-EH (n=22, 27,5%); neurocisticercose + ELT-EH (n=10, 12,5%); ELT isolada (ou seja, sem EH) (n=17, 21,3%); e controles (n=11, 13,8%). Com relação ao volume hipocampal esquerdo, houve uma diferença estatisticamente significativa entre ELT-EH e controles (p=0.016), bem como uma tendência a significância estatística para a diferença entre ELT isolada (p=0.057) e ELT-EH + neurocisticercose (p=0.052) e controles, com os grupos de doença tendo o menor volume em todos estes casos. Estas diferenças não foram estatisticamente significativas para o volume do hipocampo direito, e para nenhum dos lados quando se r ealizou c orreção p ara múltiplos t estes. Conclusão: Embora o pequeno tamanho amostral não permita estabelecer conclusões definitivas, nós encontramos voluems hipocampais possivelmente menores em pacientes com ELT, ELT-EH ou ELT-EH associada a neurocisticercose, em comparação a controles. Porém, nós não encontramos um efeito aditivo dessas condições combinadas, versus de forma isolada, em produzir atrofia hipocampal. É importante ressaltar que a viabilidade da avaliação do volume hipocampal e m p acientes com n eurocisticercose e/ou ELT-EH foi d emonstrada.