Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Natália Fernandes dos |
Orientador(a): |
LIRA, Pedro Israel Cabral de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30747
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Resumo: |
O objetivo desse trabalho foi investigar o excesso de peso e os fatores associados em adolescentes de 10 a 19 anos do sertão e agreste de Pernambuco, considerando a multifatoriedade dos determinantes deste agravo. Foram avaliadas as condições de Insegurança Alimentar e Nutricional e analisados os indicadores sociais e ambientais do semiárido de Pernambuco. Trata-se de um estudo com delineamento transversal, de base populacional, obtido de um recorte de duas pesquisas realizadas em uma mesma população (179) em domicílios do estado de Pernambuco. A avaliação do estado nutricional dos adolescentes foi realizada utilizando medidas de peso e altura, e classificadas pelo indicador Índice de Massa Corporal por Idade, segundo o sexo. Todas as variáveis independentes foram referidas pelos adolescentes através da aplicação de um questionário. Para analisar os fatores associados ao excesso de peso, as variáveis foram agrupadas em: socioeconômicas e demográficas; ambientais, de estilo de vida, segurança alimentar e nutricional, psicológicas e biológicas. A regressão de Poisson foi utilizada para verificar a associação entre o excesso de peso e as variáveis independentes. A prevalência de excesso de peso encontrada foi 20,1%, sendo 13,4% de sobrepeso e 6,7% de obesidade. Após o ajuste para as variáveis de confusão, as variáveis: regime de ocupação (casa cedida ou alugada), consumo de álcool, percepção corporal (sobrepeso/obesidade), faixa etária (10-14 anos) e segurança alimentar e insegurança alimentar leve, mostraram-se associadas ao excesso de peso. Destaca-se a elevada prevalência de insegurança alimentar e nutricional em 80,4% da população estudada, sendo as formas moderadas e graves (48,0%) as mais frequentes, como também as precárias condições sociais ainda prevalentes na região, representadas pela classe sociais D e E, baixa escolaridade do chefe, e inadequado fornecimento de água. Os resultados deste estudo alertam sobre a necessidade de políticas públicas para o combate ao excesso de peso nessas áreas mais pobres da região Nordeste, assim como sobre as estratégias que visem diminuir as iniquidades sociais. |