Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pimentel, Jéssica Bastos |
Orientador(a): |
Lima, Severina Carla Vieira Cunha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/30034
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Resumo: |
Evidências apontam para altas prevalências de obesidade e de alterações lipídicas associadas ao elevado consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) na população infanto-juvenil. O objetivo do estudo foi quantificar o consumo de alimentos por nível de processamento e a sua influência sobre os indicadores antropométricos e do perfil lipídico em adolescentes com excesso de peso. Trata-se de um estudo transversal realizado por amostragem nãoprobabilística, com adolescentes entre 10 e 19 anos, de ambos os sexos, diagnosticados com excesso de peso, atendidos pela primeira vez no ambulatório de pediatria em Natal/RN, no período de outubro/2016 a agosto/2019. Foram avaliados dados clínicos, antropométricos, bioquímicos e de consumo alimentar e dietético. O estado nutricional antropométrico foi avaliado por meio do IMC-para-idade, PP, PC, RCQ, RCA e IC. E CT, HDL, TG, LDL e colesterol não-HDL para o perfil lipídico. O consumo alimentar e dietético foi avaliado por meio de um recordatório de 24 horas. Os alimentos foram classificados quanto ao tipo de processamento, de acordo com a “Classificação NOVA”, proposta por Monteiro et al (2010). Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov, t de Student, teste U de Mann-Whitney, Qui-quadrado de Pearson, teste Exato de Fisher, a regressão de Poisson e o teste de Omnibus para as análises estatísticas. A amostra foi composta por 158 adolescentes, com maior percentual (50,6%) no sexo masculino. Foram verificadas diferenças estatisticamente significantes para as variáveis alteradas do PP (P=0,01), IC (P=0,04), RCA (P=0,017) e TG (P=0,047). Registramos no sexo masculino médias antropométricas acima do ponto de corte para IC (1,29±0,06) e RCA (0,59±0,05), e para as variáveis bioquímicas, TG (105±50,44), não-HDL-c (132±30,65) e as razões TG/HDL (2,76±1,54) e CT/HDL (4,32±1,04) médias acima do recomendado. Verificamos no sexo feminino médias de PP (33,00±2,22), IC (1,23±0,07) e RCA (0,57±0,06) e CT (173±30,28), TG (122±61,32), não-HDL-c (133±28,38) e as razões TG/HDL (3,22±1,96) e CT/HDL (4,44±0,95) acima do recomendado. A ingestão calórica média da amostra total foi de 1.731,3±635,4 kcal/dia. Os adolescentes do sexo masculino apresentaram uma maior ingestão calórica comparada as meninas (1.835,9±671,2 vs. 1.621,1±579,5 kcal/dia; P=0,034). Houve maior contribuição calórica relativa dos alimentos in natura e AUP em ambos os sexos. Foi verificado que os adolescentes com não HDL-c elevado apresentaram valores médios aumentados para IC (P=0,029), TG (P < 0,001), CT (P < 0,001) e não-HDL-c (P < 0,001). No modelo de regressão bruta foi identificado associação entre o não-HDL-c elevado com a RCQ (RP: 1,4; IC 95%: 1,1 a 1,9), razão TG/HDL (RP: 1,9; IC 95%: 1,2 a 3,0), e razão CT/HDL (RP: 5,3; IC 95%: 2,6 a 10,6) e após análise ajustada permaneceu significante a razão CT/HDL ao não-HDL-c elevado. Concluímos que os indicadores antropométricos de IC e RCA foram mais evidentes nos adolescentes do sexo masculino e as alterações do CT, TG, não-HDL-c e razões TG/HDL, CT/HDL no feminino. Apesar de não encontrarmos associações entre os AUPs com as alterações cardiometabólicas, o não-HDL-c configura um risco cardiometabólico nesses adolescentes. |