Estudo de prevalência e fatores de risco do sobrepeso e da obesidade em adolescentes masculinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Chaves, Vera Lucia de Vasconcelos
Orientador(a): Lapa, Tiago Maria, Carvalho, Eduardo Maia Freese de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3884
Resumo: INTRODUÇÃO: A tendência temporal da obesidade aponta para riscos crescentes desse agravo em todo o mundo. Sobrepeso e obesidade associados a outros fatores são considerados determinantes da alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis. A causa da obesidade é multifatorial, incluindo-se causas genéticas, neuroendócrinas, dietéticas, psicológicas, culturais, socioeconômicas, dentre outras. OBJETIVOS: Determinar a prevalência do sobrepeso e da obesidade; verificar sua tendência temporal no Brasil, em suas cinco macrorregiões e em todos seus estados, de 1980 a 2005; e identificar em uma de suas capitais (Recife - estado de Pernambuco) os possíveis fatores de risco associados a esses agravos. MÉTODOS: Durante a primeira fase do estudo, foram determinadas a prevalência anual e a tendência temporal do sobrepeso/obesidade, usando-se para isso um Banco de Dados secundário do Centro Integrado de Telemática do Exército Brasileiro, o qual forneceu informações de 8.989.508 adolescentes masculinos, de 17 a 19 anos de idade, dos estados do Brasil, de 1980-2005. Segundo a Organização Mundial da Saúde, considerou-se sobrepeso quando o Índice de Massa Corporal (IMC) estava entre 25 e 29,9 Kg/m2 e obesidade quando o IMC estava= 30 Kg/m2. Com o objetivo de identificar possíveis associações entre sobrepeso e obesidade com alguns fatores de risco, tais como condições socioeconômicas, culturais, hereditárias, hábitos alimentares, sedentarismo e atividade física, um estudo de caso-controle foi realizado durante a segunda fase do estudo, a partir de dados coletados por um questionário estruturado e aferição antropométrica de 3.371 adolescentes masculinos que se apresentaram ao exército em Recife, durante o segundo semestre de 2006. RESULTADOS E CONCLUSÕES: A análise dos dados demonstrou que a prevalência do sobrepeso e da obesidade, em toda a população do estudo, cresceu durante os vinte e seis anos estudados, e que o número de adolescentes masculinos brasileiros com sobrepeso aumentou três vezes e com obesidade, seis vezes. As maiores prevalências do sobrepeso e da obesidade foram vistas, com valores equivalentes, nas regiões Sul e Sudeste. A maior velocidade de incremento para o sobrepeso foi no Nordeste (3,4 vezes) e para a obesidade foi na região Norte (9,1 vezes).Também foi observada uma relação entre sobrepeso, obesidade e todos os fatores de risco mencionados acima, mas os hereditários e os socioeconômicos foram os que mais explicaram o ajuste do modelo