O Consumode Alimentos Supérfulos é mais Frequente entre Lactentes com Excesso de Peso?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ARAÚJO, Ísis Lucília Santos Borges de
Orientador(a): SILVA, Giselia Alves Pontes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13897
Resumo: A alimentação inadequada é um dos fatores que mais podem contribuir para o aparecimento de doenças crônico-degenerativas. Os primeiros anos de vida é o período ideal para formação de um hábito alimentar saudável, daí a importância de pesquisas que tenham como foco o entendimento do processo inicial da alimentação, de modo especial o aleitamento materno e a alimentação complementar. Esse estudo objetivou comparar a frequência de consumo de alimentos supérfluos entre lactentes com excesso de peso e eutróficos, verificar se o tempo de aleitamento materno exclusivo, se o uso de leite de vaca ou fórmulas a base de leite de vaca foi diferente nos dois grupos e quantificar a frequência de alimentos supérfluos consumidos. Foi um estudo observacional, com 102 crianças de 10-18 meses de idade, nascidas a termo, atendidas no Serviço de Puericultura do Instituto Materno Infantil de Pernambuco, dividas em dois grupos: eutrófico e com excesso de peso. Foram analisadas as características da alimentação das crianças, por meio de entrevistas realizadas com as mães. A média de idade para introdução da alimentação complementar foi 5,08 ± 1,66 meses e 60,8% dos lactentes não receberam o aleitamento materno exclusivo (AME) até os seis meses de idade. Do total de crianças estudadas, 85,3% ingeriram pelo menos um alimento supérfluo. Observou-se uma maior freqüência de excesso de peso entre os lactentes que consumiam mais que quatro alimentos supérfluos (p=0,047) e o consumo calórico excessivo esteve presente em 11,8% dos lactentes, dos quais nove encontravam-se com excesso de peso. Conclui-se que a exposição precoce a alimentos supérfluos ocorre mesmo entre lactentes acompanhados em serviço de saúde e que entre as crianças que consomem mais de quatro alimentos supérfluos o excesso de peso foi mais frequente. Esse cenário remete à necessidade da identificação e monitoramento do padrão de consumo de alimentos no plano individual, uma vez que esse padrão pode ser preditor do hábito alimentar ao longo da vida.