Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
SOTERO, Andrea Marques |
Orientador(a): |
LIRA, Pedro Israel Cabral de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24378
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Resumo: |
O excesso de peso (EP) pré-gestacional, tende a se manter ou agravar-se no ciclo gravídico-puerperal, predispondo à mãe e o concepto a inúmeras intercorrências clínicas, além de gerar complicações no parto, puerpério e desempenho lactacional. O desempenho lactacional prejudicado predispõe o lactente a desenvolver condições mórbidas, como o EP. Neste sentido, esta tese teve como objetivos: investigar a interferência do EP pré-gestacional na duração das práticas do aleitamento materno (AM) e verificar a prevalência do EP nos lactentes do Estado de Alagoas. Os resultados obtidos estão apresentados como dois artigos: foram estudos transversais com amostra probabilística de base populacional do binômio mãe-lactente. Os dados analisados foram provenientes II Diagnóstico de Saúde da População Materno Infantil do Estado de Alagoas. A fim de verificar o primeiro objetivo, as variáveis dependentes foram o aleitamento materno exclusivo (AME) e o AM, segundo as definições da OMS. A classificação do estado nutricional pré-gestacional teve como critério as diferentes categorias do IMC pré-gestacional definidas pelo IOM. Na regressão linear múltipla, os fatores que afetaram de forma negativa e independente a duração do AME foram IMC pré-gestacional ≥ 30kg/m2 (-51,9 dias; IC95%=-80,4;-23,4), escolaridade materna ≤ 9 anos de estudo (-30,8 dias; IC95%=-54,7;-6,9), não ter experiência anterior de lactação (-29,0 dias; IC95%=-45,6;-11,5) e uso de chupeta pelo lactente (-41,4 dias; IC95%=-54,5; -28,2). Quanto ao AM, constatou-se maior taxa de desmame já nos primeiros dias de vida dos filhos de mães com obesidade pré-gestacional. Os resultados sugerem que maior IMC pré-gestacional se associa a menor duração do AME e AM. Para atender ao segundo objetivo proposto, a variável depende foi o risco de sobrepeso nas crianças definido com base no indicador antropométrico índice de massa corporal-para-idade (IMC/I) ≥ 1 escore Z. A prevalência de risco de sobrepeso nos lactentes foi de 45,4%, agravo nutricional merecedor de atenção. Nos resultados desse estudo pode-se observar associação significativa do peso ao nascer elevado (PNE) e EP em lactentes, mesmo com o ajuste da variável na análise de regressão de Poisson, demonstrando o PNE como fator de associação à ocorrência do excesso ponderal. Além disso, foi verificado maior consumo de alimentos não saudáveis entre todas as crianças, demonstrando que as práticas relacionadas à alimentação complementar ainda estão distantes do que é recomendado pelas políticas públicas de alimentação e nutrição do Brasil. Portanto, os dados encontrados sugerem que o peso ao nascer adequado pode proteger o lactente contra o EP e apontam para um maior incentivo às políticas de alimentação complementar. Conclui-se, que as mães precisam ser orientadas no tocante ao ganho de peso pré-gestacional e as práticas alimentares do bebê desde o nascimento até aos dois anos, dessa maneira, o pré-natal é uma oportunidade para promover ações de educação alimentar e nutricional, melhor condição nutricional da gestante e maior estímulo ao êxito no AME até os seis meses, além de permitir maior incentivo às políticas de alimentação complementar. |