Excesso de peso e fatores associados em escolares do município de Camaragibe- PE, 2004

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Valois Pedrosa, Isabella
Orientador(a): Kruse Grande de Arruda, Ilma
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8194
Resumo: O excesso de peso (sobrepeso/obesidade) está entre os principais problemas de saúde pública em nível mundial, acometendo todas as faixas etárias e camadas sociais. A ocorrência desse evento na população mais jovem desperta preocupação, tendo em vista que crianças e adolescentes com excesso de peso poderão ter comprometimento com a saúde, associado ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis mais cedo na vida adulta. O estudo do tipo transversal objetivou determinar a prevalência de excesso de peso e alguns fatores associados. A amostra probabilística em poli-etapas incluiu 1205 escolares de 7-14 anos, ambos os sexos, do município de Camaragibe/Pernambuco/Nordeste do Brasil, realizado em junho/novembro 2004. O excesso de peso foi determinado pelo índice de massa corporal (IMC), segundo sexo e idade baseado nos pontos de corte estabelecidos por Cole et. al (2000). Foram avaliadas variáveis sócio-demográficas, antropométricas, comportamentais e o perfil lipídico. O teste Qui-quadrado foi utilizado para associação entre as variáveis independentes e o desfecho considerando um nível de significância de 5% e em seguida realizou-se a regressão logística (Backwards). A prevalência de excesso de peso foi de 12,9%, com freqüências mais elevadas no sexo feminino (60,3%; p= 0,117), idade de 10 anos (27,6%; p=0,038), renda familiar de 1 a 2 salários mínimos (55,9%; p=0,020), saneamento inadequado (78,7%; p=0,373), escolaridade materna &#8804; 8anos (63,2%; p=0,007) e domicílios com &#8804; 4 pessoas (57,1%; p<0,001). Foi verificado nos escolares com excesso de peso, elevada prevalência de obesidade abdominal (63,6%;p<0,001), níveis elevados de CT (45,2%;p=0,526) e baixo consumo de verduras (5,2%; p=0,002 consumiam &#8805;2x ao dia). Não houve associação significativa entre níveis de atividade física e o comportamento sedentário (horas de TV/dia) nos escolares com e sem excesso de peso. Após a regressão logística multivariada observou-se associação do excesso de peso com o sexo feminino (OR: 1,535;IC95% 1,050- 2,243), renda familiar &#8805; 2 SM (OR: 2,050;IC95% 1,178- 3,567) e com &#8804; 4 pessoas no domicilio (OR: 1,983;IC95% 1,364- 2,883). Apesar da prevalência de excesso de peso em escolares ter sido inferior a outras regiões do país, este estudo fornece subsídios para planejamento e direção de ações em saúde pública