Abordagem integrada de dados geológicos, de sensoriamento remoto e geoquímicos para a caracterização da formação pimenteiras e ocorrências de fosfato associadas : estudo de caso na região dos municípios de Pimenteiras e Bocaina (PI)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: ARAÚJO, Luis Henrique Aguiar de
Orientador(a): LIMA FILHO, Mário Ferreira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39794
Resumo: Estudos prospectivos sobre a existência de alvos fosfáticos na Bacia do Parnaíba datam desde 1940. Por volta da década 70, a CPRM desenvolveu intensas pesquisas no estado do Piauí em um projeto que ficou conhecido como São Miguel do Tapuio e foi responsável pela demarcação de áreas potenciais para a exploração de fosfato sedimentar. Nos últimos anos, há uma crescente demanda por fertilizantes no mercado nacional devido ao expressivo aumento do agronegócio em todo território nacional, sendo este setor um dos pilares da economia brasileira no mercado de exportação. Considerando a demanda crescente, o aumento na produção nacional de fertilizantes está diretamente ligado a descoberta de novos alvos fosfáticos e o detalhamento de alvos antigos. Por isso, nos últimos anos a CPRM vem desenvolvendo o Projeto Fosfato Brasil com o intuito de mapear por todo território nacional áreas potenciais de exploração de fosfato. Neste contexto, o presente trabalho pretende integrar dados de campo, de sensoriamento remoto, geoquimícos e mineralógicos acerca de potenciais alvos localizados na porção leste da Bacia do Parnaíba em alvos conhecidos como Pimenteira e Bocaina. Os dados de campo consistem em seções estratigráficas e descrição de afloramentos, enquanto que o sensoriamento remoto é representado pela análise por espectroscopia de reflectância. Dados geoquímicos consistem em análise por fluorescência de raios-X portátil. Difratômetria de raios-X foi a técnica mineralógica utilizada para possível comparação com dos dados obtidos na espectroscopia de reflectância. Os dados de campo mostram que as rochas fosfáticas estão associadas principalmente com unidades da Formação Pimenteira, sendo encontradas principalmente em arenitos finos, cinza-esbranquiçado e arenitos médios, vermelho-arroxeados com concreções ferruginosas. Fluorescência de raios-X portátil foi utilizada para a determinação de anomalias em amostras coletadas e triagem das amostras para análise posterior por DRX. Espectroscopia de reflectância e DRX foram as técnicas utilizadas para a definição da mineralogia das amostras coletadas durante o trabalho de campo. Estas técnicas evidenciam que há ocorrência de quatro fases fosfáticas prinicipais (fluorapataita, cloroapatita, carbonato-Hidroxiapatita e carbonato-fluorapatita) associadas com minerais ferruginosos (goetita e hematita) e filossilicatos (caolinita, ilita , esmectita, montmonrilonita).