O PNLD e o currículo de estatística em livros didáticos de matemática no ciclo de alfabetização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: AMORIM, Natália Dias de
Orientador(a): GUIMARÃES, Gilda Lisbôa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Matematica e Tecnologica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33181
Resumo: O ensino de estatística foi inserido no currículo brasileiro da educação básica a partir dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN, no eixo denominado “tratamento da informação” nos anos iniciais. O livro didático é um dos instrumentos mais utilizados pelos professores em sala de aula. O Programa Nacional do Livro Didático – PNLD é um dos mais antigos programas do governo brasileiro se constituindo como uma importante política pública responsável pela avaliação, compra e distribuição dos livros para escolas públicas de todo país. Nesse sentindo é fundamental analisar quais competências/objetivos são utilizados e valorizados pelo governo através dos documentos Guias do PNLD e os currículos de estatística apresentados nos livros didáticos, construindo assim a relação do currículo prescrito e o apresentado. Assim, este estudo tem como objetivo analisar possíveis influências do Guia do PLND sobre o livro didático de matemática referente ao ensino de estatística no ciclo de alfabetização. Para tal analisamos as orientações referentes ao eixo tratamento da informação das 5 (cinco) últimas edições (2004, 2007, 2010, 2013 e 2016) dos Guias de Livros Didáticos de Matemática do PNLD para o ciclo de alfabetização (1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental) e (quatro) coleções didáticas que foram aprovadas em todas essas edições, realizando a analise do manual do professor (parte geral e especifica) e as atividades ligadas ao ensino de estatística. Os resultados evidenciam que os Guias apresentam dois grandes momentos de modificação. No Guia de 2007, no qual o foco deixa ser a leitura e interpretação de gráficos apresentando a necessidade do trabalho com dados da realidade física e social do aluno, que precisam ser coletados, organizados e apresentados pelos alunos e no Guia de 2016 no qual há uma ampliação no sentido do ensino de estatística voltado para pesquisa e suas etapas desde a construção da questão da pesquisa até a realização de conclusões. Os manuais dos professores se apresentam coerentes em relação ao que é proposto nos Guias ao longo dos anos e apresentam melhoras no sentido de apresentação e detalhamento de atividades. No que se refere às atividades podemos perceber um grande foco ainda nas atividades ligadas a gráficos e tabelas, em detrimento da realização de pesquisas. Todas as coleções apresentam pesquisas, mas pouco é solicitado que o aluno realize pesquisas. Gráficos e tabelas são apresentados prontos ou para serem completados, seguidos de perguntas pontuais em situações em sua maioria fictícias. Algumas fases da pesquisa não são exploradas como a questão da pesquisa, escala ou amostra. Poucas coleções conseguem apresentar atividades que solicitem ao aluno a realização de conclusões. Esperamos que com a publicação do Guia 2016 as próximas edições das coleções possam incorporar todas as fases de uma pesquisa, discutindo a função das mesmas.