Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
MOURA, Alice Bezerra de Mello |
Orientador(a): |
SCOTT, Russell Parry |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24537
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Resumo: |
O objetivo desta dissertação é compreender os significados atribuídos à moradia pelas famílias do bairro Loteamento São Francisco, no município de Camaragibe –PE, que tiveram suas casas demolidas por causa do grande projeto de investimento associado à realização da Copa do Mundo de 2014. O processo pelo qual os indivíduos e as suas famílias constituem seu lugar para morar é o cerne da nossa análise. Perante a intervenção estatal que reduziu suas casas a um valor em dinheiro, as famílias teceram múltiplas estratégias para reestruturarem suas vidas diante dos recursos disponíveis. Nesse contexto desencadeador de diversas inseguranças, veremos como o significado dado a suas casas é ampliado através de um emaranhado de elementos que compõe as nuances da moradia. As redes de vizinhança, a intimidade com o bairro, os vínculos familiares e o sentimento de afeto pela casa são alguns componentes significativos na construção dessa composição. Nossa investigação antropológica é baseada na abordagem dos métodos qualitativos através da realização de entrevistas, trabalho de campo, engajamento no Comitê Popular da Copa a favor dos direitos da população afetada e pesquisa documental. Grandes projetos de investimento impactam a situação de moradia da população local de diversas maneiras. Quando estão vinculados a megaeventos esportivos, uma concatenação de fatores acarreta em grandes projetos com consequências danosas ainda mais profundas para as pessoas que habitam o local. As pessoas e famílias buscam formas de ressignificar a moradia nos novos espaços diante dos contratempos da presença de um estado gerador de insegurança. |