De quem é a “Copa das Copas”, afinal? – Império e Multidão em rota de colisão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Henrique Cassiano Nascimento de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Administracao
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27976
Resumo: A vinda da Copa do Mundo para o Brasil gerou grande expectativa na população brasileira, tanto pela volta do maior megaevento esportivo mundial ao país depois de 64 anos, quanto pelo famigerado legado da Copa propagado pela imprensa nacional e internacional, membros da FIFA e pelo governo brasileiro nos anos prévios à escolha do Brasil como país-sede. Conforme se aproximava a data do início do mundial no país, vimos a população brasileira ter essa expectativa quebrada, principalmente pela não realização de um legado social nos moldes em que essa havia, algo que possibilitou o crescimento da decepção e da insatisfação dessa população que passou a ir às ruas e questionar de suas mídias e redes sociais a organização do mundial que segundo os manifestantes pendia para o lado do legado econômico e deixava o legado social em segundo plano. Partindo de uma visão da realidade como sendo construída socialmente pelos indivíduos e que a verdade se faz sobre condições históricas e geográficas, utilizamos a arqueologia de Foucault para analisar como esses movimentos de manifestantes contestaram a realização da Copa do Mundo no país do futebol. Para tal caracterizamos a FIFA como um agente imperial e as manifestações como sendo uma materialização da multidão, ambas essas teorias oriundas da obra de Hardt e Negri. Com tais premissas analíticas, fomos levados à identificação de 02 formações discursivas que remetem às nossas concepções teóricas relativas às manifestações e à entidade máxima do futebol, além de identificar a o forte encontro entre as classes sociais que compõem essas duas concepções.