Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
COSTA, Ana Carolina Oliveira |
Orientador(a): |
NASCIMENTO, Elizabeth do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25135
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Resumo: |
A modificação dos hábitos alimentares tanto em composição dietética como energética, ou ainda, mudanças dos horários das refeições podem contribuir para as alterações dos parâmetros metabólicos e comportamentais. O comportamento alimentar envolve aspectos psicológicos, operacionais e eventos fisiológicos periféricos e metabólicos. Este é controlado por demandas internas e pode ser modulado por características do ambiente externo (ex.: desnutrição perinatal e desmame precoce). Para análise desse comportamento em ratos, utiliza-se a sequência comportamental de saciedade. Hipotetizou-se que a inadequação dietética e alteração no período de disponibilidade de alimento causariam distúrbios de forma individual ou em associação em parâmetros comportamentais, metabólicos e no padrão alimentar. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da alteração da disponibilidade do alimento segundo as fases claro/escuro do ciclo 24hs e/ou da composição dietética sobre o ritmo alimentar, preferência e comportamento alimentar, e parâmetros metabólicos. Inicialmente utilizou-se 40 ratos machos da linhagem Wistar que aos 60 dias de vida formaram 4 grupos: GC- Grupo Controle; GRC- Grupo Ração Comercial Alteração da Disponibilidade; GO- Grupo Ocidentalizada; GRO- Grupo Ração Ocidentalizada Alteração da Disponibilidade. Os GC e GO receberam dieta ad libitum, os GRC e GRO tiveram alteração da disponibilidade (sem acesso ao alimento nas primeiras 8 horas da fase escura) de alimento por um período de 120 dias. Os parâmetros avaliados foram: peso corporal, ritmo de consumo alimentar, curva glicêmica de 24 horas, teste oral de tolerância à glicose (TOTG), sequência comportamental de saciedade, teste de preferência alimentar, peso de órgãos e gordura abdominal. Os resultados demonstraram que o consumo de dieta ocidentalizada levou ao aumento do peso (16%) e das medidas corporais; reduziu a ingestão alimentar (40%) e energética (30%), mas, elevou a curva glicêmica, alterou o TOTG na fase clara, a SCS e elevou a quantidade de gordura abdominal (75%). A restrição de alimento durante 8hs da fase escura do ciclo reduziu o peso corporal do grupo GRC em 23% comparado ao GC, mas não no GRO comparado ao GO. O GRO exibiu um peso 25% maior que o GRC mesmo ingerindo 60% menos alimento que o GRC. Por outro lado, a alteração da disponibilidade de dieta modificou o ritmo e o padrão de consumo alimentar nas fases do ciclo em ambos os grupos, modificou a curva glicêmica, sobretudo no grupo GRC que mostrou diferenças entre as fases clara e escura do ciclo, além de aumento do peso do estômago. Ademais, alterou a SCS e a preferência alimentar em ambos os grupos restritos, onde o GRC mostrou preferência para carboidratos e o GRO para lipídios. Curiosamente, o grupo GRO mesmo com reduzida ingestão alimentar mostrou alta quantidade de gordura na região abdominal, com 80% a mais de depósito que o GRC. Conclui-se que a dieta ocidentalizada mesmo sem elevação da quantidade ou de energia altera o peso, o comportamento alimentar e o metabolismo. E, que a restrição imposta aos grupos causa alterações metabólicas distintas conforme a composição dietética. |