Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
BORBA, Tassia Karin Ferreira |
Orientador(a): |
CASTRO, Raul Manhães de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26039
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Resumo: |
Há algumas décadas a ciência vem dando particular atenção às relações do homem atual com o alimento e seu estilo de vida, emergindo, nas últimas décadas, alta incidência de patologias, tais como obesidade e síndrome metabólica. Elas, associam-se diretamente ao balanço energético positivo crônico. Entretanto, o controle do balanço energético não se constitui num sistema fechado e recebe influencia de outros sistemas fisiológicos. Assim, disfunções em sistemas, como o eixo Hipotálamo Pituitária Adrenal (HPA) e o de relógios circadianos, podem repercutir sobre o balanço energético, contribuindo para a etiologia da obesidade. Neste sentido, destaca-se a participação de dois receptores nucleares, os de glicocorticoides e o REV-ERBα, pertencentes ao eixo HPA e sistema circadiano, respectivamente. Diante do exposto, o atual trabalho teve como objetivo, analisar os efeitos da utilização de agonistas dos receptores de glicocorticoides e do REV-ERBα, sobre o balanço energético. Para isto, foram utilizados ratos wistar albinos, aos 60 dias de idade. Em uma primeira etapa do estudo, foi administrado o agonista para os receptores de glicocorticoides (dexametasona) por duas vias de administração; intraperitoneal e intracerebroventricular. Observou-se que quando administrado por via intraperitoneal (5 mg/kg) a dexametasona promoveu aumento do consumo alimentar, sem alterações no ponto de saciedade, além de redução do gasto energético. Quando administrado por via intracebebroventricular (10 μg/rat), o grupo tratado com o agonista apresentou aumento do consumo alimentar associado ao retardo no ponto de saciedade e redução do gasto energético. Juntos, esses resultados demonstram que os glicocorticoides contribuem para o balanço energético positivo. Em uma segunda etapa do estudo, foi utilizado o agonista para os receptores REV-ERBα. Quando administrados por via intracerebroventricular (10 μg/rat) resultou em aumento no consumo alimentar, ganho de massa corporal, da eficiência alimentar e bem como redução da tolerância à glicose. Entretanto, em animais sob alimentação ad libitum, a ativação central desses receptores promoveu aumento da atividade locomotora e consequentemente do gasto energético, sem alterações no consumo alimentar e eficiência energética. Esses resultados evidenciam que a função dos receptores REV-ERBα sobre o balanço energético pode ser influenciada pelo status energético da célula. De uma maneira geral, conclui-se que os receptores nucleares influenciam, cada um a sua maneira, o controle do balanço energético, podendo contribuir, quando em desequilíbrio, para a etiologia da obesidade e dosordens metabólicas. Os receptores de glicocorticoides promovem balanço energético positivo, enquanto os receptores REV-ERBα influencia o balanço energético a depender do tecido ou estado energético do organismo. |