Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
ALVES, Eryka Maria dos Santos |
Orientador(a): |
NASCIMENTO, Elizabeth do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49475
|
Resumo: |
Alterações em parâmetros nutricionais e fisio-metabólicos têm sido continuamente destacadas na literatura em função de protocolos de restrição temporal do alimento (RTA) em ratos. Porém, tem-se pouco conhecimento se o restabelecimento da alimentação ad libitum restaura os parâmetros modificados. Assim, objetivou-se avaliar o impacto da restrição temporal do alimento associada ou não ao restabelecimento da alimentação ad libitum sobre parâmetros nutricionais e fisio- metabólicos em ratos Wistar. O estudo foi desenvolvido com 48 ratos machos recém desmamados mantidos em biotério de ciclo invertido (8:00-20:00hs/escuro e de 20:00h-8:00hs/claro) com temperatura e umidade controladas. Inicialmente, os animais compuseram os grupos Controle (C/n=24) e Restrito (R/n=24). Em seguida, cada grupo foi aleatoriamente subdividido nos grupos Controle 1 (C1/n=12), Controle 2 (C2/n=12), Restrição temporal do alimento (R/n=12) e Restrição temporal do alimento seguida do restabelecimento da alimentação ad libitum (RR/n=12). Os grupos controles receberam dieta padrão de biotério ad libitum por todo experimento. Os grupos restritos comeram ad libitum durante três semanas pós-desmame; em seguida, ficaram em jejum durante 8hs na fase escura e se alimentaram por 16hs (4h na fase escura e 12hs na fase clara do ciclo) durante seis semanas. Posterior a restrição alimentar, os animais do grupo RR voltaram a se alimentar ad libitum, durante seis semanas, sendo eutanasiados ao final do experimento. Os parâmetros avaliados foram: peso corporal, gordura visceral, ingestão alimentar, glicemia circadiana, tolerância à glicose, perfil glicêmico e lipêmico, níveis hormonais e ritmo de atividade locomotora. A normalidade foi verificada a partir do teste de Shapiro-Wilk e comparações foram realizadas através do T-Student e da ANOVA seguida dos Testes de Bonferroni ou Holm Sidak. A significância adotada foi de p<0,05 sendo os dados analisados no GraphPad Prism®9 com os resultados expressos em média e desvio padrão. Os resultados demonstraram que os animais restritos reduziram o peso corporal e a ingestão alimentar total em 24h, porém, apresentaram aumento em torno de 60% da quantidade de gordura visceral comparado ao C1. A restrição também causou alteração no ritmo de ingestão alimentar; na glicemia circadiana, melhora da tolerância à glicose aos 60 min, redução nos níveis de insulina e aumento de leptina no ZT (zeitgeber) 20, menor percentual de ritmicidade da atividade locomotora, com menor atividade e atraso no pico de atividade, mas maior estabilidade interdiária. Após restabelecimento da alimentação ad libitum, os animais do grupo RR apresentaram, comparado ao C2, semelhante quantidade de gordura na região abdominal, normalização do ritmo e padrão de ingestão alimentar, da glicemia circadiana, da tolerância à glicose e dos níveis de insulina e leptina no ZT20. Contudo, permaneceram com menor percentual de ritmicidade, menor atividade e atraso no pico de atividade, sendo também menor a estabilidade interdiária. Conclui-se que a restrição temporal do alimento provoca alterações fisio-metabólicas em ratos. E, que após o restabelecimento da alimentação ad libitum ocorre restauração dos parâmetros nutricionais e metabólicos, mas continuidade de alterações no ritmo de atividade locomotora caracterizando uma dessincronização circadiana que pode em longo prazo associar-se à predisposição para surgimento de doenças metabólicas. |