Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Granja, Maria Carolina Lopes |
Orientador(a): |
Spinillo, Alina Galvão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11266
|
Resumo: |
A construção do conhecimento pela criança é tema explorado em diversas áreas da Psicologia, notadamente naquelas relacionadas ao estudo da cognição. Mais recentemente, tem-se atribuído especial importância às investigações acerca do pensamento econômico infantil, já que a forma como a criança entende o mundo econômico é um importante indicativo de como se estrutura o seu paradigma a respeito da realidade social de um modo mais amplo. Nesse contexto, a presente pesquisa teve por objetivo investigar a compreensão que crianças possuem acerca do dinheiro, tomando como ponto de partida as peculiaridades envolvidas no uso de suas distintas representações materiais. Para isso, foram realizados dois estudos, sendo que ambos consistiram na aplicação de entrevistas clínicas individuais, as quais foram gravadas e posteriormente transcritas na íntegra para a análise. O Estudo 1, de caráter exploratório e amplo, procurou investigar as noções econômicas apresentadas por crianças acerca do dinheiro, examinando: sua definição, seus usos e funções, sua origem e circulação. O Estudo 2, por sua vez, investigou a compreensão das crianças no que tange à circulação do dinheiro, levando em conta as particularidades de diferentes formas materiais através das quais este circula (moeda, cédula, cheque e cartão de crédito). Em cada estudo, participaram quarenta crianças de 6 a 9 anos, de ambos os sexos, de classe média, alunas de escolas particulares. Os participantes foram igualmente divididos em dois grupos de acordo com a idade da seguinte maneira: Grupo 1 (6-7 anos) e Grupo 2 (8-9 anos). Dentre os principais resultados do Estudo 1, observou-se uma progressão do pensamento econômico do Grupo 1 para o Grupo 2, convergindo com os achados de estudos realizados na área. Ambos os grupos assemelham-se quanto à definição do dinheiro (baseada na função), quanto às explicações acerca de sua origem (gênese material) e modos de obtenção (trabalho). Porém, os grupos diferiram bastante quanto à compreensão do processo de fabrico do dinheiro, à sua circulação e aos seus modos de uso. No Estudo 2, os resultados indicaram a ocorrência de um importante salto qualitativo no pensamento econômico do Grupo 1 para o Grupo 2 no que se refere à compreensão da circulação do dinheiro, achado este discutido à luz da teoria de Jean Piaget. As discussões finais buscaram integrar os resultados encontrados nestes dois estudos. |