Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Valdício Almeida de |
Orientador(a): |
MINEIRO, Imara Bemfica |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52089
|
Resumo: |
Esta pesquisa discorre sobre a literatura negro-brasileira feminina como recurso artístico-cultural que insurge contra formas de subalternizações e silenciamentos contemporâneos. Portanto, tem-se como objetivo produzir reflexões sobre a importância da escrita de mulheres negras, reforçando cenários de resistência nas histórias de personagens marcadas socialmente pelas colonialidades. Tomando como corpora de análise contos do livro Insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo, sugerimos que a proposta evaristiana é desconstruir estereótipos negativos ao preconizar a possibilidade de desfechos nos quais as protagonistas se tornam resilientes. Nesse gesto, a autora rompe com discursos eurocêntricos, ressignificando a história de mulheres subalternizadas – por causa de identidades determinadas por categorizações sociais da diferença. Nessa conjuntura, ao levar em conta os estudos diretamente ligados às consequências das colonialidades (do poder, do ser, do saber e do gênero/raça), por meio de pesquisa bibliográfica ancorada em teorias interseccionais e decoloniais, defendemos os argumentos contra-hegemônicos. Para tanto, dialogamos com ideias elucidadas por: Angela Davis, Aníbal Quijano, bell hooks, Carla Akotirene, Gayatri Spivak, Grada Kilomba, Kimberlé Crenshaw, Lélia Gonzalez, María Lugones, Patricia Hill Collins, Sueli Carneiro etc. Em suma, observamos que os pressupostos da interseccionalidade e da decolonialidade têm se empenhado em produzir novas investigações a partir do comprometimento com a superação das relações de poder, convidando-nos a ter posicionamentos críticos uma vez que nos reconhecem com as marcas causadas pelos variados sistemas opressivos. Ademais, verificamos que Conceição Evaristo produz textos literários na contramão dos paradigmas canônicos e, sobretudo, compreende a escrita de mulheres pretas como um ato de insubordinação. Assim sendo, consideramos que – nas diegeses “Natalina Soledad”, “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”, “Isaltina Campo Belo”, “Mirtes Aparecida da Luz” e “Rose Dusreis” – os aspectos interseccionais e os potenciais de agenciamento destacam tanto o lugar social quanto o epistêmico das personagens. |