Mulheres inscritas insubmissas: estudo sobre a representação feminina em Insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sousa, Isabelle Carolinne Melo de
Orientador(a): Dunder, Mauro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33294
Resumo: Esta dissertação tem como propósito analisar as protagonistas dos contos “Isaltina Campo Belo”, “Natalina Soledad” e “Aramides Florença” com o foco na construção das personagens e sua importância como representação de mulheres em nossa sociedade. Os contos fazem parte da obra Insubmissas lágrimas de mulheres, publicada em 2011, da escritora mineira Conceição Evaristo, baluarte da escrita das vozes femininas e afro-brasileiras. Além disso, a pesquisa discute as relações entre o patriarcado e a escassez de representações femininas que fujam aos estereótipos cristalizados em nossa literatura. Na tentativa de compreender a forma como as protagonistas são representadas e observar o diferencial da escrita de Conceição Evaristo, o trabalho tem como base as reflexões sobre a mulher na sociedade a partir de Simone de Beauvoir (2016), Angela Davis (2016, 2017, 2018), Lauretis (1994), Monshipouri (2004) e Muzart (1999, 2003). As questões que envolvem representação são ancoradas em Bakhtin (1988), já identidade, sexualidade e gênero e suas opressões e violências são analisadas em diálogo com Butler (2017), Bourdieu (2012), Nichanian (2012), Saffioti (1992) Tyson (2006) e Wittig (2006). Em sequência, a fim de complementar as reflexões sobre a questão afro-brasileira são baseadas em Du Bois (1999), Evaristo (2009) e Ribeiro (2018). No decorrer da pesquisa, mostrou-se latente a necessidade do reconhecimento da importância da escrita de Conceição Evaristo e sua relevância para uma representação emancipatória de mulheres e negras na vida e na arte, transportando identidades antes invisibilizadas tanto pela literatura quanto pela sociedade.