Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
MEDEIROS, Bárbara Ynayê Cordeiro de |
Orientador(a): |
FONSECA, Jorge Luiz Cardoso Lyra da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55581
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Resumo: |
O contexto brasileiro sempre se configurou como desafiante para existências que ousam ir de encontro às normas heterocisnormativas, sendo os direitos LGBTQIA+, adquiridos nos últimos anos, o resultado de muita luta de movimentos sociais organizados e constituídos por essa parcela da população. Entretanto, os retrocessos de cunho ultraconservador vistos pelo mundo nos últimos anos, vêm atacando essas comunidades cada vez mais. Os meios digitais são, dentro desse contexto, utilizados enquanto um ambiente onde esse tipo de discurso tem um protagonismo de disseminação importante. Nesse meio, no entanto, mulheres homossexuais, que juntas exercem a parentalidade de uma criança, expõem, ao lado de diversas outras comunidades dissidentes, suas opiniões, militâncias, embates e cotidianos junto aos seus filhos. Com base nisso, este trabalho buscou identificar os sentidos produzidos a respeito da dupla maternidade homoafetiva por mulheres homossexuais na Rede Social Instagram. Para contemplar tal objetivo, utilizou-se as legendas de postagens encontradas nos perfis dessas mulheres. Esse conteúdo foi transcrito e organizado em três Repertórios Interpretativos, no sentido de possibilitar a análise de discurso, sendo eles: C1) Amamentação e a construção da maternidade, C2) LGBTFOBIA e C3) Tipos familiares, parentalidade e estilos parentais. Foi possível identificar a discussão da amamentação enquanto extremamente relevante nas postagens encontradas, a vivência da LGBTfobia enquanto uma constante enfrentada por essas famílias que precisam lidar com a tentativa social de enquadrá-las em modelos heteronormativos, desqualificadores de suas formas e especificidades parentais. Além disso, pôde-se observar uma abertura singular às discussões vinculadas a papéis de gênero e parentalidades atenciosas ao cuidado emocional junto às crianças. Entende-se, portanto, que a dupla maternidade homoafetiva é mais um tipo de maternidade, com especificidades que a tornam única perante outros tipos e que a diversidade parental é, na realidade, a norma entre as famílias brasileiras e não a exceção. Pretende-se com este trabalho favorecer e possibilitar a abertura de estudos dentro da Psicologia com relação aos outros tipos de família que não só a formada por pai, mãe e criança; modelo que, apesar de considerado enquanto norma não se configura enquanto hegemônico na sociedade brasileira cuja composição e atribuição do cuidado infantil é majoritariamente feminina. |