Etnografia feminista da maternidade: as experiências de mulheres-mães de camadas médias brasileiras e venezuelanas compartilhadas nas redes sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Salazar, Violeta Sarai Salazar
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6040378109908474
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7789
Resumo: Esta etnografia feminista aborda as experiências de mulheres que se dizem mães, numa cultura ocidental urbana e latino-americana, onde se valoriza a livre escolha e a busca dos indivíduos por uma experiência singular. Mediante a interlocução com seis mulheres-mães (brasileiras e venezuelanas), a categorização dos discursos públicos compartilhados no universo social dos blogs e publicações das redes sociais Instagram, Facebook e WhatsApp, fez-se foco de análise as representações da maternidade advindas de experiências diversas de mulheres-mães informadas – hiperinformadas – e psicologizadas de camadas médias. Mulheres casadas, separadas, mães-só, construindo uma experiencia materna “única” como elementos comuns as outras como a valorização das crianças como sujeitos com direitos e necessidades de cuidados especializados, orientados por teorias psicológicas. Através do diálogo com intelectuais feministas pode-se elencar conceitos acadêmicos como “maternidade voluntária, segura, prazerosa e socialmente amparada”, "maternidade feminista", contribuindo na categorização de conceitos êmicos das maternidades “consciente", "democrática” ou "respeitosa". O diálogo entre tais conceitos cria no cenário latino-americano tensões e agonias entre as experiências representadas pelos sujeitos mãe e as instituições e atores sociais que fazem parte do contexto. Porém as representações da maternidade construídas desde as próprias mulheres podem estar sendo um movimento feminino materno propiciador de mudanças sociais.