“Porque homem é homem, não é?” : construções e desconstruções da(s) masculinidade(s) nas pornochanchadas durante a ditadura civil-militar
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Historia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50729 |
Resumo: | Esta tese investiga as construções e desconstruções das representações masculinas presentes nos discursos veiculados nas pornochanchadas produzidas entre as décadas de 1970 e 1980. A narrativa foca, primeiramente, na construção dos comportamentos e expectativas que atravessam a masculinidade no ocidente desde a modernidade à contemporaneidade, visando dar bases para a compreensão da presença ou ausência de determinados traços pertinentes ao “ser homem” no contexto analisado. Apresentam-se nesse texto, a construção das representações de masculinidade em paralelo a elementos nodais como, relações de trabalho, relações com o feminino, homossexualidade, usos da violência, entre outros; além de uma análise sobre a construção histórica do espaço de produção destas manifestações, a saber a região da Boca do Lixo, na capital de São Paulo, perpassando por um estudo da censura federal que insidiu sobre estas produções tendo como foco a especialização e subjetivação do trato censório e as relações. Conformando o principal corpus desta investigação, são analisadas as obras de David Cardoso e Cláudio Cunha, dois produtores/diretores deste circuito que alcançaram grandes bilheterias e cuja produção repercutiu fortemente no discurso de espectadores comuns e de especialistas. Cunha e Cardoso foram aqui eleitos para representar o que de mais recorrente se viu no gênero denominado como Pornochanchada. Na contramão destes cineastas, destacou-se a breve obra de Tereza Trautman e seu filme Os Homens Que Tive; e dedicou-se em seguida uma especial atenção à obra de Carlos Reichenbach, cujas características autorais e intelectuais o distinguem da maioria dos cineastas daquele momento. O pornô-político de ambos é mote para uma última e mais detalhada análise de como ser homem durante o regime ditatorial não se restringia à masculinidade hegemônica anteriormente destacada. |