Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Marcela Thaís Monteiro da |
Orientador(a): |
SUASSUNA, Lívia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17196
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Resumo: |
O presente estudo teve por finalidade analisar representações sociais da reforma curricular do curso de Letras da Universidade Federal de Pernambuco por parte de professores que participaram da reestruturação da licenciatura em língua portuguesa e/ou atuam nesse curso de graduação. Para isso, utilizamos como principal referência teórica e metodológica a Teoria das Representações Sociais, na proposição original de Moscovici (1976; 2007) e Jodelet (2001). A partir desses autores, consideramos as representações sociais como teorias do senso comum que se constituem no seio das relações das quais participam sujeitos e instituições. Sacristán (2000) também foi um autor amplamente utilizado nas discussões e análise dos dados. Com base nesse autor, compreendemos o currículo como uma construção cultural, por isso o mesmo pode ser submetido a mudanças em sua estrutura, que são designadas como reforma ou reelaborações curriculares. A partir do campo teórico das representações sociais e do currículo, problematizamos os resultados da investigação. Participaram da pesquisa 09 professores universitários do Departamento de Letras da referida instituição, sendo 02 professores do setor de ensino de Literatura, 01 de Latim, 01 de Língua Portuguesa, 01 de Linguística e 01 que atua nas áreas de Latim e Língua Portuguesa; também entrevistamos 03 professores que participaram da Comissão para Reforma, sendo: 01 coordenadora do curso de Letras à época da reforma integral; 01 ex-coordenador da Comissão da Reforma e 01 professor membro da mesma comissão. Para coletar os dados, utilizamos a entrevista semiestruturada e a análise documental. A Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977) guiou a interpretação dos dados. Os resultados revelaram que a reforma do curso de Letras foi objetivada como um processo em que se fizeram mudanças notadamente na disposição dos conteúdos disciplinares e na sua carga horária. Para os professores, a reforma está ancorada no privilégio dado à formação pedagógica em detrimento da formação específica. Também constatamos uma imagem dicotomizada da formação pedagógica e da formação específica, sendo esta última encarregada de prover o domínio dos conteúdos de ensino, enquanto que a primeira seria responsável por desenvolver métodos e técnicas de ensino. Ademais, os resultados demonstraram a presença de uma relação de confronto e de separação entre o Departamento de Letras e os departamentos do Centro de Educação, espaços responsáveis pela formação do egresso de Letras-Português. Os professores, em sua maioria, revelaram ter mudado pouco ou mesmo não ter alterado a sua prática de ensino a partir do currículo reformulado. Portanto, mesmo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena (DCN) tendo impactos na sistematização e na composição da carga horária dos componentes curriculares, em termos de processo de ensino e de aprendizagem não se verificaram mudanças expressivas. |