Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
SANTANA, Érica Brito de |
Orientador(a): |
NETO, José Batista |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18072
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Resumo: |
A pesquisa aborda a autonomia docente no contexto da reforma curricular de cursos de licenciatura. Diante da sensação de falta de autonomia em relação às decisões que envolvem o currículo em uma universidade pública – instituição em que é garantida, pela Constituição Federal, a autonomia didático-científica –, a investigação teve por objetivo geral analisar a autonomia de docentes formadores, vinculados a departamentos-âncoras de cursos presenciais do Centro de Artes e Comunicação CAC/UFPE, em processos de elaboração de projetos pedagógicos de cursos de licenciatura que passaram por reformulação curricular. Tal intenção se desdobrou em quatro objetivos específicos: identificar norteadores dos processos de elaboração de projetos pedagógicos de cursos de licenciatura no âmbito da UFPE; analisar elementos do processo de reformulação que evidenciam a autonomia docente; compreender a percepção de docentes formadores acerca dos desdobramentos do processo de reformulação curricular, em termos de formação profissional e de atuação dos docentes formadores; e identificar as concepções de docentes acerca do exercício da autonomia frente ao processo de elaboração de projetos pedagógicos. Como referencial teórico, assumimos a noção de autonomia a partir de Contreras (2012), Freire (1996) e Rios (2008). A concepção de currículo adotada fundamenta-se nas teorias críticas de currículo, com foco nos estudos de Henry Giroux (1981, 1983) e Paulo Freire (1987, 1989). Quanto à abordagem, trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa que se baseia na análise de conteúdo (BARDIN, 2011), por meio da técnica de análise temática. Utilizamos como instrumento de coleta e construção de dados a pesquisa documental, a observação participativa, a entrevista semiestruturada e conversas informais. O campo de investigação foram três cursos de licenciatura (Artes Visuais, Expressão Gráfica e Letras-Português) vinculados ao CAC/UFPE. Contamos com o depoimento de 05 professores que atuaram como coordenadores dos cursos durante o processo de reforma e mais 06 professores que participaram do processo de elaboração, totalizando 11 entrevistados. As principais categorias teóricas utilizadas foram: autonomia ilusória; autonomia das decisões profissionais e autonomia profissional, posturas delineadas a partir de perfis profissionais de professores (CONTRERAS, 2012). O processo de elaboração dos projetos pedagógicos das licenciaturas se caracterizou pelo conflito de concepções de formação docente, o que envolveu relações de poder constituídas a partir das posturas assumidas nas relações internas dos cursos e entre departamentos da instituição, evidenciadas por meio de vários níveis de exercício e desenvolvimento da autonomia. Apesar da percepção de falta de autonomia, os relatos a respeito das formas de realização do processo de elaboração de projetos pedagógicos evidenciam que os próprios docentes identificam não apenas limites que condicionam a tomada de decisão, mas também encontram possibilidades para a elaboração de currículos que reflitam os propósitos educativos assumidos. Ao vivenciar o processo de reformulação curricular, enquanto alguns docentes revelam uma autonomia profissional, algumas posturas se distanciam das características do perfil de intelectual crítico, ou seja, apesar de gozarem de autonomia, os professores, por vezes, não a exercem de modo a expressar uma profissionalidade, entendida como um conjunto de qualidades da prática profissional docente em função do que requer o trabalho educativo. |