O currículo e as competências para a formação inicial de professores de português como língua estrangeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Benvenuto, Nathan Queiroz dos Santos
Orientador(a): Schlatter, Margarete
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/280546
Resumo: Esta pesquisa investiga os currículos de Licenciatura em Português Língua Estrangeira (PLE) no Brasil para compreender quais as competências priorizadas em cada currículo na formação inicial de professores. Para tal, foram analisados os currículos das quatro universidades brasileiras que oferecem Licenciatura em PLE: Universidade de Brasília, Universidade Federal da Bahia, Universidade da Integração Latino-Americana e Universidade Estadual de Campinas. Após traçar um percurso histórico de acontecimentos político-linguísticos que contextualizam a institucionalização dessas Licenciaturas de PLE, discute-se o conceito de competências do professor de PLE a partir de Perrenoud (2000) e Almeida Filho (1999) e de documentos normativos, entre os quais a BNC-Formação (BRASIL, 2019). Para fornecer as respostas à nossa pergunta de pesquisa, nos apoiamos em uma metodologia qualitativa documental. Foram analisados o rol de disciplinas e respectivos planos de ensino que compõem os currículos a fim de verificar a distribuição de carga horária, a natureza das disciplinas (obrigatórias, optativas) e suas áreas de conhecimento, buscando compreender o perfil de profissional da educação priorizado em cada currículo. Os resultados mostram que os currículos propõem o desenvolvimento das competências sociolinguística, teórica e aplicada/pedagógica, e que cada um deles prioriza determinadas competências indicando perfis profissionais distintos. Ao passo que a UFBA busca formar um professor intercultural de português para o público estrangeiro, a UNILA propõe uma formação em português e espanhol de um professor com conhecimento sobre questões latino-americanas. A Unicamp, por sua vez, busca formar um perfil de professor consciente das mudanças geopolíticas e que trabalha com o português como segunda língua e como língua estrangeira. Já a UnB propõe formar um professor de português como segunda língua preparado para atuar também com o público surdo e indígena. O trabalho contribui para a reflexão sobre a formação acadêmica inicial de professores de PLE destacando como os currículos de licenciatura podem possibilitar formações diversas em resposta a demandas e projetos político-pedagógicos locais.