Estudo comportamental e histomorfométrico em prole de ratas wistar submetida à dieta hiperlipídica e hipercalórica materna e/ou à fluoxetina no início da vida.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: CORRÊA, Diana Isabela Machado
Orientador(a): VIEIRA, Jeymesson Raphael Cardoso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Morfotecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56336
Resumo: A exposição materna a dieta hiperlipídica e hipercalórica (DHH), durante os períodos de gestação e de lactação, pode reduzir a disponibilidade sináptica de serotonina (5- HT), sendo um fator de risco para o neurodesenvolvimento adverso da prole e posteriormente para transtornos emocionais. No entanto, o uso de inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), como a fluoxetina, podem atenuar os efeitos gerados pela sobrecarga nutricional. Por isso, este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da fluoxetina neonatal sobre o peso corporal (PC), o comportamento semelhante à ansiedade e a adiposidade em prole de ratas alimentada com DHH materna durante a gestação e a lactação. 20 Ratas Wistar foram divididas randomicamente em dois grupos que receberam dieta controle (C, 3,44 kcal/g) ou DHH (4,62 kcal/g) durante a gestação e a lactação. No 1o dia pós-natal (DPN), cada ninhada foi composta por nutriz mais 8 filhotes dos quais 4 receberam salina estéril (S,10μl/g) e 4 fluoxetina (F,10mg/Kg,10μl/g) durante a lactação, constituindo os subgrupos: C-S; C-F; DHH-S e DHH-F. Foram avaliados PC (lactação, 30o e 60o DPN); comportamento semelhante à ansiedade (28o e 58o DPN); tecido adiposo branco retroperitoneal (TABR) (30o e 60o DPN). Do 10o ao 21o e no 30o e 60o DPN, DHH-F e C-F apresentaram menor PC que seus respectivos controles. Em relação ao teste de campo aberto, DHH-F apresentou maior distância percorrida e os tempos na periferia e imobilidade foram inferiores aos do C-F em prole jovem. Na prole adulta, o inverso ocorreu em relação à distância percorrida e ao tempo de imobilidade. Adicionalmente, foi observado maior tempo na periferia e uma velocidade média menor de DHH-F em relação a DHH-S. No 30o DPN, os pesos absoluto (PA) e relativo (PR) do TABR foram menores em DHH-F e C-F que em seus respectivos controles. No 60o DPN o PA do TABR foi menor em DHH-F do que no DHH-S. A área e o perímetro dos adipócitos de DHH-F foram menores que em DHH-S no 30o e 60o DPN. Em suma, a fluoxetina atenuou os efeitos do consumo de DHH materna, promovendo reduções no PC, no acúmulo de TABR e na área e no perímetro dos adipócitos. Ademais, os filhotes jovens que receberam DHH associada a fluoxetina expressaram menor comportamento semelhante à ansiedade do que os filhotes que consumiram dieta controle associada à fluoxetina. Na prole adulta aconteceu o oposto, ou seja, a longo prazo à fluoxetina não foi capaz de responder com a mesma intensidade.