Cirurgia bariátrica em tempos de Covid19 : o impacto da gastrectomia vertical no desfecho clínico da infecção viral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Fernando de Santa Cruz
Orientador(a): FERRAZ, Álvaro Antônio Bandeira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/53510
Resumo: Objetivo: Determinar a real influência da cirurgia bariátrica no desfecho clínico de pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 no período pós-operatório. Métodos: Análise retrospectiva de dois grupos de pacientes: aqueles que apresentaram COVID-19 antes da cirurgia bariátrica e aqueles que apresentaram dentro dos primeiros 3 meses de pós-operatório. O desfecho primário foi relacionado à gravidade do quadro clínico do COVID-19, que foi avaliada através das seguintes variáveis: presença de sintomas; necessidade de hospitalização; admissão em UTI; e ventilação mecânica invasiva. Marcadores laboratoriais de resposta inflamatória, status glicêmico e dosagem de micronutrientes foram analisados como desfechos secundários. Todos os pacientes incluídos foram submetidos à gastrectomia vertical (GV). Resultados: Dentre os 222 indivíduos operados no período do estudo, apenas 66 (29,7%) apresentaram COVID- 19, sendo 42 (18,9%) no pré-operatório e 24 (10,8%) após o procedimento. A média de idade foi 36,3 ± 9,5 anos e o IMC médio pré-operatório foi 39,9 ± 4,2 kg/m2. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos em relação à apresentação de sintomas (92.9% x 87.5%, p=0.66), necessidade de hospitalização (11.9% x 16.7%, p=0.713), admissão em UTI (4.8% x 4.2%, p=1.000) e necessidade de ventilação mecânica invasiva (2.4% x 0.0%, p=1.000). Em relação às variáveis quantitativas, a contagem de linfócitos foi significativamente mais baixa no grupo de pacientes que desenvolveu COVID-19 após a cirurgia bariátrica (1822.9 ± 482.2 x 2158.6 ± 552.9, p=0.035). Conclusão: Pacientes que apresentaram COVID-19 antes ou depois da GV não diferiram significativamente em relação à presença de sintomas, necessidade de hospitalização, necessidade de UTI e ventilação mecânica invasiva.