Gastrectomia vertical em septuagenários: um estudo caso controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lacerda, Maurício Rodrigues [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/63078
Resumo: Introdução: A cirurgia bariátrica é o tratamento mais efetivo para redução e manutenção do peso perdido a longo prazo. A literatura médica sobre cirurgia bariátrica em idosos é limitada. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar se há benefícios em realizar a cirurgia de Gastrectomia Vertical (GV) em pacientes com mais de 70 anos de idade e comparar os resultados com um grupo controle mais jovem. Métodos: As informações foram colhidas retrospectivamente de prontuário eletrônico de Clínica Privada de pacientes submetidos a GV entre junho de 2017 e setembro de 2020. Os critérios de inclusão foram pacientes com mais de 70 anos [(grupo Septuagenários (GS)] e submetidos a GV. Os pacientes do grupo controle (GC) foram selecionados com proporção de 1:1 e com idade menor que 60 anos de idade, de acordo com índice de massa corpórea (IMC) e comorbidades. O desfecho primário do estudo foi avaliar a morbidade e mortalidade no período de 30 dias de pós-operatório e a evolução do peso, diabetes mellitus tipo 2 (DM2), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e dislipidemia (DLP) após 1 ano de seguimento. Resultados: Cinquenta pacientes foram incluídos no estudo, 25 em cada grupo. Ambos os grupos foram semelhantes em relação ao sexo, peso, IMC e presença de DM2. A morbidade e mortalidade em 30 dias foram semelhantes entre os grupos. O GS perdeu em média 26,9% do peso total inicial (19,1 - 34,2%) semelhante ao GC, com 28,0% (20,9 - 36,9%); (p=0,32). A taxa de remissão de DM2 (50,0% vs. 85,0%) (p=0,01) e HAS (30,0% vs. 64,0%; p=0,04) foi menor para pacientes do GS. Os pacientes do GS tiveram uma redução menor do número de medicamentos para HAS (-59,1% vs. -76,0%; p= 0,05). Conclusão: A cirurgia de gastrectomia vertical em septuagenários apresenta benefícios em relação à perda ponderal e à melhora de comorbidades, comparáveis a pacientes mais jovens.