Colecistectomia concomitante a cirurgia bariátrica : segurança e efeitos metabólicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: LUCENA, Anna Victória Soares de
Orientador(a): FERRAZ, Álvaro Antônio Bandeira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51929
Resumo: Introdução: A rápida perda de peso no pós-operatório da cirurgia bariátrica aumenta significativamente o risco de colelitíase. Além disso, novas referências apontam os ácidos biliares como importantes reguladores do metabolismo energético. O presente estudo visa analisar a influência da colecistectomia (CL) concomitante à cirurgia bariátrica (CB) na perda de peso, nas repercussões metabólicas e morbidade pós-operatórias. Métodos: Consiste em uma coorte retrospectiva. Foram analisados 363 prontuários, entre 2002 e 2017. 255 pacientes preencheram os critérios de inclusão, sendo distribuídos em quatro grupos: Sleeve gástrico com colecistectomia concomitante (SG+CL), Sleeve gástrico isolado (SG), Bypass gástrico com colecistectomia concomitante (GB+CL) e Bypass gástrico isolado (GB). O tempo de seguimento mínimo no pós-operatório foi de 2 anos. Resultados: Houve predominância do sexo feminino, correspondendo a 76% da população e de comorbidades no grupo GB. Encontramos redução significativa do IMC, hemoglobina glicada, insulina e ácido úrico entre os grupos avaliados no pós-operatório, com destaque para o subgrupo GB + CL. A incidência de colelitíase foi de 22.7% dos pacientes no grupo da cirurgia bariátrica isolada, sendo 72% destes submetidos a colecistectomia no pós-operatório e um terço destes operados de urgência, sem diferença entre as técnicas cirúrgicas realizadas. A ocorrência de complicações foi de 0,4% no subgrupo SG + CL. Conclusões: Na população deste estudo foi encontrado, com intervalo de confiança de 95%, redução significativa do IMC, hemoglobina glicada, insulina e ácido úrico entre os grupos no pós-operatório, com destaque para o subgrupo GB + CL. A incidência de complicações pós-operatórias foi mínima, sem diferença entre os grupos. Desta forma, a CL concomitante à CB consiste em uma alternativa segura e eficaz no tratamento da obesidade.