Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Rodrigo Ferreira dos |
Orientador(a): |
NAOUAR, Oussama |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46725
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Resumo: |
Esta pesquisa estuda a memória através do romance africano Les fantômes du Brésil, de Florent Couao-Zotti (2013). Ambientando no Benin, essa literatura traz em evidência o grupo denominado como “os agoudás”, que têm uma profunda ligação com o Brasil, terra de seus antepassados. Assim, nossa pesquisa traz vários trechos pertinentes do romance, todos traduzidos diretamente do francês beninense. Nesses trechos, a cultura brasileira é utilizada como um lugar aparentemente seguro e natural para se afirmarem no contexto da sociedade africana. Esta pesquisa procura analisar criticamente essa aparente naturalidade da cultura brasileira incorporada, através dos trechos da obra. Classificando o contexto dentro de uma perspectiva de ambivalência diaspórica, alguns elementos são analisados, tais como memória, língua, sincretismo religioso, feijoada, bumba-meu-boi, fantasmas e memória dos mortos. Dessa forma, ferramentas elaboradas por teóricos e pesquisadores também são utilizadas para nossa análise, destacando-se Milton Guran (2002), na contextualização dos agoudás, Paul Ricoeur (1995), na crítica da linguagem no romance, e Sigmund Freud (2013), na análise da memória dos mortos. De início, esta pesquisa também traz uma necessária contextualização da obra dentro da literatura africana de expressão francesa a partir do pensador Georges Ngal (1994). Assim, a partir da obra Les fantômes du Brésil, busca-se esclarecer, nesta pesquisa, a relação de como os agoudás utilizam (ou reinventam) as memórias e elementos culturais do Brasil, potencializando realidades latentes de questões sociais do próprio Benin. |