A representação da resistência no romance Les bouts de bois de dieu de Ousmane Sembène

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bampoky, Providence [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150635
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo o estudo do romance Les bouts de bois de dieu (1960) de Ousmane Sembène, com o intuito de analisar a representação da resistência, dando ênfase ao movimento revolucionário dos operários negros da ferrovia Dakar-Níger (1947-1948). Para compreender um pouco mais esse cenário de resistência, partimos, em primeiro lugar, de uma retrospectiva da ocupação colonial francesa na África ocidental (especificamente, no Senegal e no Sudão francês) que se iniciou processualmente a partir da última década do século XIX nessa região e cujo processo propiciou o surgimento de uma literatura negro-africana de expressão francesa. Essa perspectiva torna-se relevante na medida em que possibilita levantar, em segundo lugar, uma discussão sobre o surgimento de uma nova consciência do colonizado que decide lutar contra a hegemonia do colonizador no que tange à recuperação da sua dignidade. Esta postura de recusa à subserviência e à exploração desperta no decorrer desta narrativa uma série de confrontos entre negros e brancos, sendo esses últimos os únicos detentores do poder econômico e político. No tratamento desta temática, propomo-nos analisar e discutir, por fim, o modo como a tomada de posição e as ações de resistência protagonizadas pelas mulheres durante a greve dos operários deram um impulso nas manifestações e contribuíram para a aceitação das reivindicações dos grevistas (ajuste salarial, aposentadoria, férias renumeradas, abonos de família, entre outros). Fatos marcantes na descolonização do poder administrativo e da mudança da mentalidade social.