Pluriatividade e sustentabilidade em comunidades rurais do semiárido nordestino
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16266 |
Resumo: | O ambiente rural e a agricultura brasileira vêm apresentando um processo intenso de transformações nas últimas décadas. Tais transformações têm gerado muitos debates no meio político, econômico e acadêmico. Dentre esses debates está a noção de pluriatividade, um termo recente que designa o agricultor familiar que, residindo no meio rural, combina atividades agrícolas com atividades não agrícolas, como forma de complementar a renda familiar e se reproduzir socialmente. A pesquisa buscou analisar como a pluriatividade se apresenta em comunidades rurais do semiárido nordestino e como essa prática interfere na sustentabilidade social, econômica e ecológica das comunidades estudadas. Para alcançar este objetivo, utilizou-se o método dialético como método científico e a unidade familiar como unidade de observação. Além da revisão bibliográfica foram realizadas entrevistas semiestruturadas com representantes de órgãos públicos locais e com as famílias pluriativas das comunidades. Dentro do cenário de semiárido nordestino, a referência empírica do estudo foram três comunidades rurais do município de Brejinho/PE: Sítio Caldeirão, Sítio Lagoa dos Campos e Vila de Fátima. O trabalho apresenta, inicialmente, uma revisão bibliográfica acerca de agricultura familiar e campesinato, temas intimamente ligados entre si, sem os quais não há possibilidade de analisar a pluriatividade no semiárido. Do mesmo modo, aborda o contexto histórico e teórico no qual estão inseridas a pluriatividade e a noção de sustentabilidade usadas para responder a questão orientadora da pesquisa. O conhecimento da região semiárida é fundamental para a compreensão da pluriatividade e do seu papel na conservação dos recursos naturais e na reprodução socioeconômica dos agricultores familiares. Por isso, antes de contextualizar as comunidades do estudo empírico a dissertação aborda as principais características e as tendências recentes do semiárido. A análise dos resultados indica que a pluriatividade tem um papel fundamental na sustentabilidade social, econômica e ecológica das comunidades pesquisadas. No entanto, não se pode considerá-la, por si só, a solução dos problemas dos agricultores familiares dessas comunidades, na medida em que os mesmos ainda têm a reprodução social ameaçada pela fragmentação progressiva da terra, evidenciando que muitos desafios ainda precisam ser vencidos para se ter um semiárido, efetivamente, sustentável. |