Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
VIEIRA, Ana Cristina |
Orientador(a): |
SILVEIRA, Murilo Artur Araújo da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencia da Informacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46408
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Resumo: |
A pesquisa tem como objeto de estudo as memórias e os lugares de memória presentes na obra: Biografia de Mahommah Gardo Baquaqua: um nativo de Zoogoo, no interior da África. O estudo tem como objetivo analisar a representação das memórias e dos lugares de memória da narrativa autobiográfica de Mahommah Gardo Baquaqua para ressignificação da memória individual, da memória coletiva e da memória negra do movimento abolicionista americano do século XIX. A metodologia se fundamenta por meio da pesquisa bibliográfica, documental, descritiva e qualitativa. Os conceitos da Organização da Informação (OI) foram utilizados para decomposição e descrição do conteúdo informacional, as técnicas de análise documental e análise temática direcionaram a ressignificação das memórias. Os resultados obtidos a partir do detalhamento das categorias de análise: Humanidade, Liberdade, Sociedade, Locais e instituições bem como das suas respectivas subcategorias apresentam um retrato social sobre o biografado e acerca das sociedades: africana, brasileira e americana da primeira metade do século XIX no mundo atlântico; clarifica a percepção sobre o sistema escravista sob a perspectiva do escravizado e evidencia uma ligação com as questões sociais, patrimoniais e de organização informacional e documental da atualidade. As considerações finais relacionam a dissertação ao contexto contemporâneo do reconhecimento e valorização dos sujeitos propostos pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) e pela UNESCO em relação às vítimas do Comércio transatlântico de escravos, a partir da declaração da Década Internacional dos Afrodescendentes e da data comemorativa anual do dia 25 de março como Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Escravos. A análise serve à reflexão da problemática atual do racismo, da desigualdade social e do tráfico humano; fundamenta a necessidade da manutenção das políticas públicas aos afrodescendentes, contribui para o fortalecimento da identidade dos sujeitos de ascendência africana e compreende a autobiografia como legado cultural da humanidade. Espera-se que outras memórias autobiográficas de ex-escravizados sejam estudadas sob a ótica da Ciência da Informação e que os estudos sejam popularizados no âmbito da Biblioteconomia e da Ciência da Informação. |