Prevalência e Associação da Disfunção Temporomandibular com Fatores Psicológicos em Usuários do Programa de Saúde da Família da Cidade do Recife-PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: MORAIS, Mariana Pacheco Lima de Assis
Orientador(a): CALDAS JUNIOR, Arnaldo de França
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12782
Resumo: Este trabalho objetivou investigar a prevalência da disfunção temporomandibular e a sua associação com a depressão, somatização e grau de dor crônica em indivíduos com idade igual ou superior a 15 anos cadastrados nas Unidades de Saúde da Família da cidade do Recife-PE. Foi realizado um estudo transversal analítico de base populacional que envolveu setecentos e setenta e seis indivíduos que procuraram por atendimento médico ou odontológico nas unidades de saúde da família de Recife-PE. Aqueles selecionados foram submetidos à anamnese, composta de exames clínico e físico, por meio do instrumento Critérios para Diagnóstico em Pesquisa para DTM (RDC/TMD) que permitiu diagnosticar a presença e o tipo de DTM (eixo I), a depressão, a somatização e o grau de dor crônica (eixo II). Os dados foram inseridos no software SPSS 20.0 e analisados pelo teste Qui-quadrado de Pearson. Para determinar a relação entre a variável dependente e as independentes, utilizou-se a análise de regressão logística binária. O nível de significância adotado foi de 5%. A maioria dos pesquisados (84,5%) era do sexo feminino e a idade variou de 15 a 85 anos (média -39,88 ± 14,4). A prevalência encontrada para a DTM foi de 35,4%. Associação estatisticamente significativa foi obtida ao se relacionar a DTM com as variáveis gênero, idade, depressão e somatização (p<0,001), destacando-se que 73,1% e 77,8% dos indivíduos com DTM apresentaram depressão e somatização, respectivamente. Ao avaliar a presença da depressão e da somatização com os grupos diagnósticos de DTM, obtiveram-se diferenças estatísticas significantes com os diagnósticos do grupo 1 (G1), grupo 1 e 3 (G1+G3), e a junção dos três diagnósticos do RDC/TMD. Em relação à presença da dor crônica no total da amostra, 79% não apresentou dor crônica, e para os pacientes com DTM, 47,3% a apresentava. A análise da presença da depressão e da somatização com a dor crônica, mostrou que 84,3% estavam deprimidos e 89,9% com diagnóstico de somatização, ambos com dado estatisticamente significativo. Pelo modelo de regressão logística, o gênero feminino apresentou-se como de maior risco para a depressão (OR=1,547) bem como a presença da DTM e da dor (OR=4,581). A DTM apresentou uma alta prevalência na cidade do Recife havendo comprovada associação entre os fatores psicológicos, como a depressão e a somatização. Ambas parecem ter um papel importante quando avaliadas com a ocorrência da DTM.