Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Larissa Layne Soares Bezerra |
Orientador(a): |
ARAÚJO, Ednaldo Cavalcante de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40684
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Resumo: |
O autocuidado é a capacidade do indivíduo de realizar práticas para a preservação da saúde, vida e bem-estar pessoal. Dentre os cenários de promoção do cuidado em saúde está a assistência de enfermagem no processo transexualizador que inclui além da hormonização, também, o processo pré e pós cirúrgico de redesignação sexual das pessoas transexuais, orientando-lhes sobre os procedimentos cirúrgicos e os cuidados com a neovagina nos aspectos de manutenção de dilatação e profundidade, higiene íntima e para que a evolução clínica ocorra sem intercorrências e agravos à saúde. Assim, diante desse contexto, este estudo se classifica um estudo de caso múltiplo, fundamentado na Teoria do Autocuidado de Orem, objetivando analisar as experiências de autocuidado de mulheres transgenitalizadas. O estudo foi realizado no Ambulatório Espaço de Cuidado e Acolhimento Trans do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, na cidade de Recife – PE, Nordeste do Brasil. A produção de dados ocorreu após a aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, e atendeu às exigências da Resolução no 466/2012. As entrevistas foram realizadas na plataforma digital do Google Meet utilizando um formulário semiestruturado. O tratamento dos dados foi realizado com o auxílio do programa Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires. A análise dos dados deu origem a 6 classes levando em consideração a Teoria do Autocuidado: Cuidados com a neovagina, Conceituando autocuidado, Experenciando a transgenitalidade, Manutenção do canal construído, O acompanhamento por parte da equipe de saúde e O impacto da dilação e satisfação da cirurgia. O presente estudo permitiu analisar as falas e compreender como as mulheres transgenitalizadas executam o autocuidado com a neovagina, a simbologia que a cirurgia de redesignação sexual tem na vida delas, bem como os cuidados, desafios e déficits de autocuidado. Também foi possível concluir que a assistência a essas mulheres ainda precisa ser mais direcionada, principalmente na etapa após a cirurgia que é onde elas demonstraram que sentem mais falta de um atendimento especializado e holístico. Esse estudo contribuiu para o compartilhamento de saberes a fim de aprimorar a assistência de enfermagem para essa população e promover a autonomia e sensibilidade dos profissionais quanto as necessidades particulares dessas mulheres. |