Composição florística e variações morfo-pedológicas em uma área de Caatinga em Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Romênia Pinheiro Nascimento, Katarina
Orientador(a): Vinícius da Silva Alves, Marccus
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/481
Resumo: Dois diferentes ambientes vegetacionais são reconhecidos para a caatinga, estando estes relacionados as unidades geológicas: matriz cristalina e as bacias e chapadas sedimentares. Contudo, não se sabe se as plantas como um todo respondem a esta repartição florística, além de, até que ponto existe a influência de fatores ambientais sobre a vegetação. Assim, este trabalho tem por objetivo analisar a composição florística através de uma análise comparativa entre doze áreas de caatinga no município de Mirandiba, inserida sobre quatro diferentes tipos de solo: Luvissolo, Argissolo e Neossolo Litólico (origem cristalina) e Neossolo Quartzarênico (origem sedimentar), combinados com a presença e ausência rede de drenagem e altitude. Com isso pretendese responder às seguintes questões: a flora como um todo responde a esta repartição florística relatada para ambientes de caatinga, ou ela é somente válida para algum hábito de plantas? Existe influência dos fatores ambientais (solo, altitude e drenagem) sobre a flora das doze áreas inventariadas? Para responder a estes questionamentos, foram plotadas 60 parcelas para coleta de espécies lenhosas e 300 para herbáceas em solos de origem cristalina e sedimentar, combinados com a rede de drenagem e relevo. Foram inventariadas 150 espécies distribuídas em 40 famílias. Leguminosae, Euphorbiaceae e Convolvulaceae apresentaram maior riqueza com 37, 16 e 13 espécies, respectivamente. O hábito lenhoso deteve 101 espécies enquanto que o herbáceo 49 spp., mostrando que o hábito lenhoso melhor responde as diferenças morfopedológicas locais. Desta forma, além da flora como um todo, o hábito lenhoso também reconhece as distintas unidades geológicas, porém o mesmo não é visto para as herbáceas, na qual não apresentaram preferência pelos habitats. Apesar da Análise de Correspondência Canônica indicar não haver influência dos fatores ambientais sobre a flora local, a repartição espacial das plantas é vista para demais análises multivariadas (Similaridade e PCA). Este resultado é reforçado através das plantas lenhosas que parecem sofrer influência dos distintos tipos de solo, estando agrupadas independente das demais variáveis ambientais estudadas. O contrário é mostrado para as herbáceas, na qual estiveram agrupadas pelas variáveis altitude e drenagem, parecendo não sofrer influência dos solos