Diversidade, estrutura e dispersão de espécies arbóreas e arbustivas em área de caatinga no município de Malta, PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: FERREIRA, Karla Cecília de Sousa.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/14015
Resumo: A diversidade florística da Caatinga é considerada grande, apesar de possuir uma forte deficiência hídrica, resultando da interação de um conjunto de fatores locais, associados ao clima, à altitude, às formas do relevo, às formações superficiais, fatores esses determinantes da variação dos seus tipos. Apesar de existirem vários trabalhos fitossociológicos da vegetação da caatinga, ainda falta muito para o conhecimento das caatingas como um todo. O objetivo deste trabalho consistiu em analisar a composição florística, comparar a estrutura fitossociológica e determinar a síndrome de dispersão de espécies arbóreas em duas áreas de Caatinga pertencentes ao sítio Cuncas, no município de Malta (PB). Nas duas áreas selecionadas (Área A: caracterizada por ter uma altitude que varia de 200m – 300m e Área B: cuja altitude varia de 300m – 500m), foi realizado um levantamento florísticofitossociológico, em que as unidades amostrais de cada ambiente, foram constituídas de 25 (área A) e 10 (área B) parcelas permanentes, com área de 400 m2 (20m x 20m), distribuídas sistematicamente nas áreas delimitadas, com espaçamento entre parcelas de 150m x 150m. Calculou-se, para cada área, o índice de diversidade de Shannon (H’) e a equabilidade, através do índice de Pielou (J). Para todas as plantas arbóreas, foram tomadas medições de circunferência a 0,30m do solo e circunferência na altura do peito (CAP) e altura total. Os indivíduos vivos ou mortos, ainda em pé, foram contados e medidos. Foram encontradas, nas áreas de estudo, 21 espécies, 10 famílias e 20 gêneros. Na Área A, foram amostrados 1.613 indivíduos vivos, distribuídos em 11 famílias, 11 gêneros e 11 espécies, e, na Área B, 1.526 indivíduos pertencentes a 17 famílias, 17 gêneros e 17 espécies. As famílias com maior número de espécies, nas duas áreas, foram Fabaceae e Euphorbiaceae, e o táxon mais abundante foi Croton blanchetianus Baill. O índice de diversidade e a equabilidade, na Área A, foram de 1,09 e 0,44 e, na Área B, de 1,85 e 0,76, respectivamente. As espécies que apresentaram maior densidade na área foram: Mimosa tenuiflora, Poincianella yramidalis e Croton blanchetianus na área A, e Croton blanchetianus, Poincianella pyramidalis e Bauhinia Cheilantha, na área B. A espécie de maior VI das áreas é a C. blanchetianus, com 38,3% (Área A) e 24,24% (Área B). Na estrutura vertical, a classe II (1,69 ≤ H < 4,29) de altura apresentou maior distribuição de fustes em densidade das áreas em estudo. Em ambas as áreas, as três primeiras classes diamétricas (2,5; 7,5 e 12,5 – Área A; 1,9; 6,9 e 11,9 – Área B) possuem o maior número de fustes da floresta. Num total de 21 espécies amostradas, 18 foram arbóreas e 3 arbustivas, e as formas de dispersão observadas foram as autocóricas (12), anemocóricas (5) e zoocóricas (4), predominando as autocóricas (57,14%), com frutos secos (91,67%) e deiscentes (81,81%) e as anemocóricas, com frutos secos (100%) e deiscentes (60%).