Fatores genéticos na modulação de efeitos adversos da terapia antirretroviral em pessoas vivendo com HIV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: VALERIANO, Josué Jeyzon de Lima Soares
Orientador(a): GUIMARÃES, Rafael Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Genetica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40724
Resumo: A terapia antirretroviral (ART) tem eficácia indiscutível, no entanto, uma vez que é uma terapia combinada e ministrada ao longo da vida, o estudo dos efeitos adversos (AE) é essencial para a adesão à ART e prevenção de falhas no tratamento. A modulação de antirretrovirais sobre o efavirenz para ocorrência de AE foi analisada o que demonstrou que a combinação zidovudina/lamivudina/efavirenz apresenta maior suscetibilidade a ocorrência de efeitos neuropsiquiátricos (P-valor = 0.008), principalmente tonturas (P-valor = 0.009) e que a zidovudina potencializa a ocorrência de tonturas relacionada ao efavirenz ao longo do tempo quando ministrada em conjunto, embora não seja relacionada a este efeito quando combinada a outros antirretrovirais (P-valor = 0.02). Vinte e seis polimorfismos genéticos foram genotipados através da plataforma Illumina Veracode® analisados para dez grupos distintos de efeitos adversos em quatro grupos de antirretrovirais o que demonstrou uma significativa associação de variantes genéticas dentre as quais rs4148380, ABCC1, genótipo AG, para AE gastrointestinais relacionados ao tenofovir (P-valor = 0.002); rs2235048, ABCB1, genótipo GG, para AE metabólicos relacionados ao tenofovir (P-valor = 0.0004); e rs3003596, NR1I3, alelo G, para efeitos neuropsiquiátricos relacionados ao lopinavir/ritonavir (P-valor = 0.002), se mantiveram após correção de Bonferroni (α = 0.002). Os resultados sugerem uma forte modulação da variabilidade genética na ocorrência de AE na ART mais do que a própria combinação de antirretrovirais.