Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Jaqueline Francisca dos |
Orientador(a): |
ARAÚJO, Thália Velho Barreto de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33804
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Resumo: |
No final de 2014 e início de 2015, foi observada a epidemia do vírus Zika (ZIKV) no Brasil, inicialmente nos estados do Nordeste e com disseminação para as demais regiões do país. Posteriormente, foi identificado uma epidemia de recém-nascidos com microcefalia, excedendo 24 vezes a média estimada para o Brasil. Pernambuco teve o maior número de casos de microcefalia notificados, com 2.513 casos suspeitos, entre julho 2015 a abril 2018, sendo confirmados 451 casos e registrados 159 óbitos. Desta forma temos como objetivo analisar as características e o perfil de causas de óbito de crianças notificadas com microcefalia no estado de Pernambuco no período de 2015 a 2017. Trata-se de um estudo transversal, utilizando dados obtidos por meio de Linkage probabilístico dos bancos de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e dados das notificações de microcefalia do Registro de Eventos de Saúde Pública (RESP). Foram analisados 72 óbitos identificados no SIM, no período de 2015 a 2017, de crianças notificadas com microcefalia, filhas de mães residentes em Pernambuco. As causas de morte foram classificadas considerando as causas descritas na Declaração de Óbito (causas básicas, terminais, intermediárias e associadas conforme CID10). Dentre os 72 óbitos, as causas de morte associadas à microcefalia mais frequente foram as malformações congênitas múltiplas e malformações não especificadas (CID10 Q89.7 e Q89.9) com 22 casos (30,2%), seguida de outras malformações congênitas com 11 casos (15,2%). Quanto à classificação dos óbitos relacionados à infecção pelo Zika vírus, há 24 casos confirmados, 26 descartados e 22 permanecem em investigação. Dentre os óbitos confirmados destacaram-se também aqueles registrados como malformações congênitas múltiplas e outras malformações associadas à microcefalia 14 (58,3%), e 3 (12,4%) por septicemia (CID10: P36, A41). A letalidade para o total de casos de microcefalia foi de 6,08% e para os casos atribuível à infecção congênita pelo ZIKV foi de 6,83%. Causas de óbito das crianças com microcefalia estão relacionadas às complicações de um conjunto de malformações congênitas associadas à microcefalia, sendo seguido por complicações como a septicemia. Identificou-se, ainda a persistência de causas de óbito mal definidas, impedindo conhecer o verdadeiro perfil das causas de óbito. |