Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Rios, Adriana Salvio |
Orientador(a): |
Zin, Andrea Araujo,
Frota, Silvana Maria Monte Coelho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44489
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Resumo: |
O vírus Zika, identificado no Brasil no ano de 2015, infectou um número significativo de pessoas. A sequela mais grave constatada pela doença foi a microcefalia, que chamou a atenção dos meios governamentais e acadêmicos pelo aumento expressivo do número de casos no país. Um elevado número de gestantes infectadas concebeu crianças com microcefalia, o que levou o país a decretar epidemia em 2015 e 2016. Com a epidemia da doença o Ministério da Saúde (MS) elaborou o protocolo de atendimento às crianças, com microcefalia, infectadas pelo vírus Zika, e dentre as orientações, consta a recomendação da avaliação da Triagem Auditiva Neonatal (TAN). Objetivo: analisar as respostas auditivas verificadas pela TAN, normal ou alterada, de crianças expostas ao vírus Zika que não apresentaram Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva (IRDA); e associar essas respostas auditivas com o trimestre gestacional em que a infecção pelo vírus Zika foi adquirida. Materiais e Método: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal retrospectivo, desenvolvido a partir da coorte prospectiva da infecção pelo vírus Zika do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira / Fundação Oswaldo Cruz (IFF/FIOCRUZ), denominada \201CExposição vertical ao Zika vírus e suas consequências para o neurodesenvolvimento infantil\201D. A população alvo foi constituída de crianças incluídas no estudo da coorte no período de Março de 2016 a Dezembro de 2017, avaliadas pelos exames da TAN: Emissões Otoacústicas Evocadas Transiente (EOAT) e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE-A) Foram incluídas no estudo crianças com ou sem microcefalia, que apresentaram o exame laboratorial RT-PCR positivo para o vírus Zika, e também crianças cujas mães tiveram esse resultado positivo. Foram excluídos lactentes que não tiveram a TAN concluída (EOAT e PEATE-A), os que apresentaram resultados negativos do exame RT- PCR e os lactentes com IRDA. Os testes da triagem auditiva realizados foram as EOAT e o PEATE, ambos no modo automático. O lactente foi considerado reprovado na TAN quando apresentou alteração em pelo menos um reteste (EOAT ou PEATE-A), em ao menos uma orelha. Resultados: Foram analisados os dados de 45 crianças, sendo 30 (66,7%) do sexo feminino. A mediana da idade da realização do primeiro exame da TAN foi de 7 dias (IIQ 2-32dias). A prevalência de falha foi de 6,7%, incluindo teste e reteste, e os mesmos lactentes que apresentaram falha em EOAT falharam também no PEATE-A; dentre esses um paciente passou em EOAT e falhou em PEATE-A em uma das orelhas. Os resultados sugerem alteração sensorioneural com ou sem o Espectro da Neuropatia Auditiva (ENA) em 6,7% da amostra (3 pacientes/ 3 orelhas); e 2,2% da população (1 paciente/1 orelha) com a possibilidade de apresentar somente o ENA. Em relação ao trimestre gestacional da infecção, o estudo demonstra que há associação do trimestre em que a gestante adquiriu a doença com o resultado da TAN. Conclusão: dados revelam que a infecção adquirida no primeiro trimestre pode apresentar relação com a falha nos exames da TAN. |