Extração de compostos bioativos das folhas de cajazeira (Spondias mombin L.) utilizando água pressurizada e técnicas convencionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: PEREIRA, Victor de Souza
Orientador(a): DANIELSKI, Leandro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Quimica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44265
Resumo: Metabólitos secundários são substâncias presentes em plantas, frutas e vegetais, com inúmeros ações biológicas. Esses compostos naturais apresentam efeitos profiláticos e terapêuticos, além de terem aplicação como corantes e conservantes de alimentos. Essas substâncias podem ser encontradas em folhas de Spondias mombin L., popularmente conhecida como cajazeira ou taperebá. A utilização de todas as partes da planta, sobretudo o uso das folhas, tem despertado o interesse de diversos estudos. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi extrair e caracterizar compostos bioativos das folhas de cajazeira, comparando técnicas de extração convencionais e não convencionais. O material vegetal foi caracterizado em teor de umidade e granulometria. A obtenção dos extratos brutos das folhas de cajazeira foi realizada por três diferentes técnicas de extração, sendo duas destas utilizando pressão atmosférica (turbólise e ultrassom) e uma técnica a alta pressão (extração com água pressurizada). Os resultados demonstraram que a extração por turbólise utilizando a mistura hidroetanólica na proporção de 70:30 (v/v) permitiu obter extratos em maior rendimento e maior teor de compostos fenólicos totais (CFT), sendo 1,30 % ± 0,042 e 79,29 ± 0,006 miligramas equivalentes de ácido gálico por gramas de extrato (mg EAG/g) extrato, respectivamente. Por meio da análise cromatografia líquida foi possível identificar e quantificar compostos bioativos como o ácido gálico, elágico, clorogênico e a rutina. A extração por turbólise utilizando o etanol como solvente foi a mais seletiva para a rutina. A extração assistida por ultrassom com etanol foi mais seletiva para o ácido clorogênico e a rutina. Já a extração com água pressurizada (EAP) demonstrou ser mais seletiva para o ácido gálico nas condições de pressão e temperaturas estudadas, com melhor resultado na condição de 80oC e 200bar. O estudo cinético da extração com água pressurizada das folhas de cajazeira indicou que os maiores teores CFT foram extraídos nos primeiros 20 minutos do processo. O modelo matemático de Martínez foi o que se ajustou melhor aos dados, com menor erro quadrático, sendo 4,136x10-5. No reprocessamento dos resíduos da EAP foram obtidos teores de CFT entre 1,663 ± 0,015 e 2,047 ± 0,006 mg EAG/g extrato. Os resultados indicam que as folhas de cajazeira possuem potencial para o uso fitoterápico devido ação das suas substâncias, ou seja, elas contêm um conjunto de compostos ativos para usos medicinais. As técnicas de extração foram satisfatórias para a produção de extratos que são fontes de compostos bioativos.