Determinação da atividade antimicrobiana e citotóxica de extratos da casca do caule de Anadenanthera colubrina (Vell.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: WEBER SOBRINHO, Carlos Roberto
Orientador(a): XIMENES, Eulália Camelo Pessoa de Azevedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8446
Resumo: O gênero Anadenanthera é reconhecido pela medicina popular por apresentar um enorme potencial cicatrizante, no entanto, ainda apresenta questionamentos científicos relacionadas a outras indicações de tratamento. Este fato nos levou ao presente estudo, que visou determinar CIM (Concentração Inibitória Mínima) e IC50 (Concentração Inibitória de 50%) dos extratos da casca do caule de Anadenanthera colubrina frente a micro-organismos multirresistentes e células tumorais. Foi realizada a extração de compostos através da adição sucessiva de solventes com polaridade crescente ao extrato bruto do caule (etanol), iniciando pelo ciclo-hexano, acetato de etila e etanol-água (1:1 - v/v). Foram dosados compostos fenólicos totais e flavonoides. Para a determinação da CIM foi utilizada a técnica de diluição seriada em microplaca revelados com TTC e para determinação da citotoxicidade foi utilizada a técnica do MTT. As frações hidroalcoólica e acetato de etila apresentaram teores de fenois totais de 177,85 e 171,26 respectivamente, e teores de flavonoides totais de 13,48 e 34,16. As linhagens de S. aureus foram as mais sensíveis às frações hidroalcoólica, acetato de etila e ciclohexânica (apresentando CIM com médica geométrica de 62,5; 62,5 e 125, respectivamente) quando comparados a P. aeruginosa, Shigella sonnei, Salmonella enterica, Escherichia coli e Candida albicans. A fração ciclo-hexânica foi a única fração que apresentou atividade citotóxica frente às linhagens de células tumorais HEp- 2 e NCI-H292, com IC50 de 8,45 e 12,87 respectivamente. O potencial de inibição da proliferação de células tumorais pela fração ciclo-hexânica de A. colubrina observado no presente estudo abre perspectivas para a sua utilização como medicamento alternativo no tratamento e controle de neoplasias. Ao mesmo tempo em que a fração hidroalcoólica apresenta uma ação bactericida e fungicida, possuindo assim valor terapêutico como um agente antibacteriano contra várias linhagens de micro-organismos resistentes aos antibióticos