Estudo químico, Antitermítico e Antifúngico da madeira de lei Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var-cebril (Griseb) von Reis Alt. (Angico-de- Caroço)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Lopes Bandeira Delmiro Santana, Andréa
Orientador(a): Wilhelm Bieber, Lothar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9100
Resumo: Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. Cebil (Griseb.) Von Reis Alt., conhecida popularmente como angico, angico-de-caroço, angico-vermelho, angico-do-campo, angico-preto, arapiraca, curupaí e angico-de-casca, é uma árvore pertencente a família Fabaceae. A madeira de A. colubrina é usada em móveis, construção e indústria naval devido à sua elevada resistência a fungos responsáveis pela podridão branca e cupins. Da partição do extrato etanólico da madeira de A. colubrina foram obtidos quatro fases: cicloexano, diclorometano, acetato de etila e n-butanol. Da fase em cicloexano foram identificados por GCMS dezenove ésteres graxos saturados e insaturados, nove ácidos graxos saturados e insaturados, dois triterpenos (lupeol e lupenona), seis esteróides (diidrobrassicasterol, estigmasterol, b-sitosterol, estigmast-4-en-3-ona, ergost-4- en-3-ona e estigmasta-3,5-dien-7-ona) e três norisoprenóides (a-ionona, 5,6- epoxi-b-ionona e diidroactinidiolida). Apenas o b-sitosterol e lupeol foram isolados e tiveram suas estruturas caracterizadas utilizando-se as técnicas de RMN de 1H e 13C juntamente com a espectrometria de massas. O estudo químico da fase em diclorometano resultou no isolamento e identificação de cinco flavonoides, compreendendo uma flavona (luteolina), um flavonol (quercetina), um flavanonol (taxifolina) e duas chalconas (ocanina e isoliquiritigenina). Estes flavonóides foram identificados com base em dados espectroscópicos de RMN de 1H e de 13C (unie bidimensionais), de espectrometria de massas, nos valores de ponto de fusão e pela comparação com dados espectrais disponíveis na literatura. No estudo químico das fases em acetato de etila e n-butanol utilizando-se a técnica APCIMS2 foi identificado como componente majoritário uma proantocianidina dimérica. Também foi observada em menor proporção, a presença dos flavonoides naringenina, catequina além de taxifolina, ocanina e luteolina que foram isolados do extrato em diclorometano. Entre todos os 47 metabólitos encontrados apenas os esteróides b-sitosterol e estigmasterol e os triterpenos lupeol e lupenona já haviam sido identificados anteriormente no cerne e partes aéreas de A. colubrina, sendo assim as demais substâncias inéditas no gênero Anadenanthera. A madeira de A. colubrina apresentou alto teor de extrativos, especialmente de compostos fenólicos, o que explica em boa parte a atividade antioxidante e atividade antifúngica frente à Phanerochaete chrysosporium. As quatro fases obtidas da madeira de A. colubrina apresentam propriedades tóxicas e deterrentes frente à espécie de cupins Nasutitermes corniger quando comparados com o controle correspondente. A melhor fase termiticida de A. colubrina foi a acetato de etila (LC50 = 17,3 mg.mL-1 após 4 dias) provavelmente devido ao conteúdo de proantocianidinas. O extrato em cicloexano que é constituído principalmente por ésteres e ácidos graxos, triterpenos e esteróides foi o segundo mais ativo de A. colubrina (LC50 = 67,4 mg.mL-1 após 4 dias)