Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
ALMEIDA, Anderson Rodrigues de |
Orientador(a): |
PITTA, Maira Galdino da Rocha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48156
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Resumo: |
A esclerose sistêmica (ES) é uma doença autoimune do tecido conjuntivo caracterizada por alterações vasculares, desregulação imunológica e fibrose progressiva da pele e de órgão internos. A complexa fisiopatogênese da ES reflete na heterogeneidade clínica da doença e dificulta a descoberta de terapias eficazes. As poucas opções terapêuticas para a doença disponíveis na atualidade não têm impacto significativo em sua progressão, havendo uma necessidade considerável por estudos que busquem a melhor compreensão da doença e que explorem novas alternativas terapêuticas. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o perfil de citocinas em pacientes com ES e a atividade imunomoduladora e antifibrótica de derivados tiazolidínicos (LPSF/CR-35 e LPSF/GQ-16) e do híbrido IBPA ex vivo e in vivo. Na primeira etapa do estudo foram incluídos 84 pacientes com diagnóstico de ES e 84 voluntários saudáveis pareados por sexo e idade. A quantificação das citocinas no soro dos participantes foi realizada através da técnica de ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay). Na etapa seguinte, os efeitos imunomoduladores e antifibróticos dos derivados tiazolidínicos (LPSF/CR-35 e LPSF/GQ-16) e do híbrido IBPA foram avaliados em células mononucleares do sangue periférico (PBMC) de pacientes com ES e em modelo de ES induzido por ácido hipocloroso (HOCl) em camundongos BALB/c. Observou-se que pacientes com ES quando comparados com voluntários saudáveis apresentaram aumento significativo nos níveis séricos da IL (Interleucina) -27 e da IL-18, além de diminuição da isoforma a da proteína ligadora da IL-18 (IL-18 BPa). Além disso, os pacientes com ES apresentaram aumento significativo nos níveis séricos do receptor solúvel da oncostatina M (sOSM- R) e da glicoproteína 130 solúvel (sgp130), quando comparados com voluntários saudáveis. As citocinas e receptores desregulados no soro dos pacientes com ES foram correlacionados e/ou associados com manifestações da doença. Os tratamentos com as moléculas sintéticas (LPSF/CR-35, LPSF/GQ-16 e IBPA) ex vivo promoveram a modulação na secreção de diferentes citocinas em cultivos de PBMC de pacientes com ES (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-13, IL-17, IFN-γ e TNF). Os efeitos imunomoduladores in vivo também foram evidenciados em modelo de ES induzido pelo HOCl, as três moléculas sintéticas LPSF/GQ-16, LPSF/CR-35 e IBPA reduziram a expressão de marcadores de ativação em células T CD4+ (CD69) e células B (MHC-II e CD40), e a expressão do marcador de macrófagos M2 (CD206), em células isoladas do baço dos camundongos. A expressão do marcador de macrófagos M1 (CD86) foi aumentada após os diferentes tratamentos (LPSF/CR-35, LPSF/GQ-16 e IBPA). A ação antifibrótica das moléculas foi avaliada in vivo na pele e pulmões dos camundongos com ES induzida pelo HOCl. Observou-se que os tratamentos (LPSF/CR-35, LPSF/GQ-16 e IBPA) regularam negativamente a expressão de mRNA de marcadores fibróticos na pele e pulmões (α-SMA, TGF-β, Colágeno tipo I, IL-4 e IL-13), além de terem reduzido o acúmulo de colágeno na pele e o espessamento dérmico. Adicionalmente, o IBPA reduziu significativamente o acúmulo de colágeno nos pulmões dos animais. As análises histopatológicas de fragmentos de pele e pulmões corados com Hematoxilina & Eosina e Sirius Red evidenciaram que os tratamentos atuaram impedindo o desenvolvimento da fibrose dérmica e pulmonar nos camundongos. Os resultados apresentados no presente estudo indicaram diferentes citocinas e receptores solúveis que podem estar associados com a ES e identificaram três diferentes moléculas sintéticas com potencial terapêutico para a doença. |